sexta-feira, 27 de abril de 2012

Maranta leuconeura E.Morren (Marantaceae)

Como há muito tempo que aqui não postávamos nada, aqui fica a belíssima planta ornamental Maranta leuconeura E.Morren Belgique Hort. 24: 323. 1874 basionym of: Marantaceae Calathea leuconeura (E.Morren) N.E.Br. Suppl. Johnson's Gard. Dict. 890. 1882, endémica do Brasil (http://www.ipni.org/ipni/idPlantNameSearch.do?id=797361-1), que pertence à família das Marantáceas, da ordem Zingiberales.

domingo, 15 de abril de 2012

Flora-on


Os naturalistas com interesse na flora portuguesa têm ao seu dispor, de há um mês para cá, uma ferramenta excepcional: a Flora-on.
Não vou aborrecer o leitor deste blogue com uma descrição pormenorizada das funções da Flora-on porque a plataforma é simpatiquíssima para o usuário. De qualquer modo, proponho aos neófitos que comecem por fazer buscas por espécie (encostem o rato à esquerda para disparar o explorador taxonómico) e que explorem os sistema de identificação interactiva. Esta última componente da Flora-on baseia-se numa gigantesca base de dados com os caracteres mais relevantes de todas as planta da flora portuguesa. Por exemplo, número de peças do perianto, concrescência e cor das suas peças, simetria da flor, posição do ovário, inserção das folhas, presença látex e acúleos, e por aí adiante. Não consigo imaginar o tempo que demorou construir. Que futuro extraordinário que tem a informação corológica disponibilizada pela Flora-on quando os especialistas na flora de Portugal se decidirem a carregar toda a sua informação nas bases de dados anexas à plataforma. Este processo está em marcha.
A Flora-on coloca a florística Portuguesa em pé de igualdade com o melhor que se faz no planeta. Os seu a seu dono; os méritos a quem os merece. O Miguel Porto idealizou, concebeu e escreveu o código da Flora-on. Os autores dos conteúdos estão discriminados aqui. A Sociedade Portuguesa de Botânica é extraordinária. Bem hajam.

sábado, 14 de abril de 2012

Chelidonium majus L. (Papaveraceae)













Continuando em beleza o mês de Abril, agora bem chuvoso para nosso júbilo, nada como uma formosa Papaverácea, Chelidonium majus L., de sua graça:

Chelidonium majus L., Sp. Pl. 1: 505. 1753 [1 May 1753]
(http://www.ipni.org/ipni/idPlantNameSearch.do?id=303589-2)

Estas fotos foram obtidas em 6.IV.2012, em Vila Cova do Covelo, alt. c. 560 m, local granítico, entre Viseu e Guarda, não longe da Serra da Estrela. Trata-se de uma belíssima planta murícola e ruderal, que não é rara em Portugal.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Misopates orontium (L.) Raf. (Plantaginaceae)





Para iniciarmos bem o mês de Abril, nada como uma belíssima Antirrínea, actualmente colocada na grande família das Plantagináceas:

Misopates orontium (L.) Raf., Autik. Bot. 158. 1840
basionym: Antirrhinum orontium L. Sp. Pl. 2: 617. 1753 [1 May 1753]
(http://www.ipni.org/ipni/idPlantNameSearch.do?id=806149-1)

Esta foto foi obtida em 7.IV.2012, em Vila Cova do Covelo, alt. c. 560 m, local granítico, entre Viseu e Guarda, não longe da Serra da Estrela. Trata-se de uma belíssima planta ruderal, que não é rara em Portugal.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Um ano de que não há memória

Nunca vi as cerejeiras-bravas assim ...

... flores misturadas com folhas secas do ano anterior! Nos castanheiros, as sementes secaram nos ouriços ou foram atacadas pelo bichado. A má qualidade fez descer o preço da castanha, o produto agrícola mais rentável da Terra Fria transmontana, para 1 euro/kg, ou menos. Consequências do Verão seco e quente que se fez sentir no passado ano.
2012 pode ser ainda pior. Não há memória de um ano assim. Algumas décadas atrás e a fomes grassaria pela aldeias. Vale-nos a globalização.
As chuvas que caíram nos últimos dias animaram os prados e derreteram o adubo de cobertura no centeio e nas aveias. No entanto, tirando os quatro dedos travessos mais próximos da superfície, cuja água será rapidamente consumida pelas plantas herbáceas, o solo está tão seco como no final do Verão. Mesmo que a precipitação de Abril obedeça ao padrão, milhares de árvores estão em perigo porque não haverá água suficiente no solo para transpirar no Verão.
A situação do sobreiro e o castanheiro para fruto é particularmente preocupante. Estas espécies além de não suportarem variações excessivas da precipitação, estão num deplorável estado sanitário. Algo semelhante acontece nas plantações de cerejeira para madeira. Até a frugal oliveira está em risco. Muitas oliveiras poderão colapsar, quando chegar o Verão, em fisiografias convexas ou em solos muito delgados. As que sobreviverem têm a produção deste ano e do próximo comprometida. É que a oliveira diferencia as suas flores no ano anterior.
As árvores têm memória. Os efeitos de um ano extraordinário perduram por mais de um ano.
Vamos ver o que acontece mas a esperança é pouca.