terça-feira, 21 de abril de 2015
Orobanche hederae Duby (Orobanchaceae)
Fotografámos recentemente esta curiosa planta parasita das heras (Hedera sp., Araliaceae): Orobanche hederae Duby, Bot. Gall.: 350. 1828 (Orobanchaceae), brotando por entre as pedras da calçada e aproveitando as recentes chuvas da Primavera, junto a um muro.
Parece ser um endemismo eurasiático, mediterrânico e macaronésico (Domina, G. & Raab-Straube, E. von (2010): Orobanchaceae. – In: Euro+Med Plantbase - the information resource for Euro-Mediterranean plant diversity.: http://ww2.bgbm.org/EuroPlusMed/PTaxonDetail.asp?NameCache=Orobanche%20hederae&PTRefFk=7500000).
As fotos são de Coimbra, 29TNE4950, alt. ca. 110 m, 19.IV.2015.
É verdade que já aqui tinha sido postada, mas não nestas condições tipicamente ruderais e conseguindo romper por entre as duras pedras do passeio.
Etiquetas:
Araliaceae,
Orobanchaceae,
plantas parasitas,
vegetação ruderal
sexta-feira, 17 de abril de 2015
Recordando Lance Chilton
Tivemos
hoje conhecimento da morte, ocorrida em 31.VII.2014 (http://www.medpag.org/news.html
), do grande botânico inglês Lance Chilton (1953-2014).
Conhecemo-lo em Creta em Abril de 2006 (primeira foto, observando uma espécie de Centaurea - um dos numerosos endemismos da Região Mediterrânica) e voltámos a encontrá-lo algumas vezes,
a última da quais em Junho de 2009 (terceira foto), nos Alpes dolomíticos, que ele conhecia tão
bem, desde a sua juventude.
Na segunda foto, Lance encontrava-se no W de Chipre (em Março de 2007), observando uma gramínea.
Na segunda foto, Lance encontrava-se no W de Chipre (em Março de 2007), observando uma gramínea.
Para
além de um botânico notável (cf. por ex. http://www.ipni.org/ipni/idAuthorSearch.do;jsessionid=8BB4897AC68C4B9FB1D08C491A325A02?id=39237-1&back_page=),
era também um excelente fotógrafo (https://www.flickr.com/photos/114876561@N02/with/14747104862/; https://www.flickr.com/photos/114876561@N02/sets/
),
caminhante, desportista e viajante, tendo organizado e liderado numerosas expedições
botânicas, sobretudo na Região Mediterrânica, mas também na Macaronésia e nas Ilhas
Britânicas.
Poucas
vezes tivemos o privilégio de o acompanhar, mas ele comunicava-nos sempre a sua
sabedoria com grande rigor, disponibilidade e simpatia. Grande naturalista e "ace botanist" (como alguém disse), com
enorme experiência de campo, produziu uma obra científica vasta e de grande
qualidade.
Era um homem austero, eficiente e pontual, com uma ampla cultura e um discreto sentido de humor, tipicamente britânico. Deixa-nos uma profunda saudade.
Era um homem austero, eficiente e pontual, com uma ampla cultura e um discreto sentido de humor, tipicamente britânico. Deixa-nos uma profunda saudade.
domingo, 12 de abril de 2015
Dahlia imperialis Roezl ex Ortgies (Compositae) e Cyperus involucratus Rottb. (Cyperaceae)
Trazemos hoje aqui um achado notável: Dahlia
imperialis Roezl ex Ortgies in Gartenflora 12: 243. 1863 (Compositae),
que encontrámos adventícia num talude nos arredores da cidade de Coimbra,
29TPE4948, alt. ca. 80 m, a iniciar a sua floração – certamente a composta mais
elevada (vários metros) e espectacular que alguma vez avistámos (fotos de
11.IV.2015).
Citando a excelente Wikipedia (http://en.wikipedia.org/wiki/Dahlia_imperialis):
«Dahlia imperialis or Bell tree
dahlia is an 8-10 metre tall member of the Dahlia genus native
to Mexico, Central
America and Colombia.
It is a plant of the uplands and mountains, occurring at elevations
of 1,500–1,700 metres (4,900–5,600 ft), and its leaves are used as a dietary
supplement by the Q'eqchi' people of San Pedro Carchá in Alta
Verapaz, Guatemala.[1]
It is a tuberous,
herbaceous perennial,
rapidly growing from the base after a dormant winter period, developing
brittle, cane-like, 4-angled stems with swollen nodes and large tripinnate
leaves, those near the ground soon being shed. The pendant or nodding
flowerheads are 75-150 mm across with ray florets
lavender or mauvish-pink in colour.»
Também Werner Greuter a refere para Portugal (Lu), mas
apenas como planta cultivada, na Euro+Med Plantbase: Greuter, W. (2006+):
Compositae (pro parte majore). – In: Greuter, W. & Raab-Straube, E. von
(ed.): Compositae. Euro+Med Plantbase - the information resource for
Euro-Mediterranean plant diversity.
A Flora Europaea não a cita.
Acompanhando esta extraordinária composta,
estavam diversas plantas - incluindo a exótica subespontânea Cyperus involucratus Rottb. (Cyperaceae), que surge na
foto de baixo (agradecemos a identificação ao ilustre botânico Estêvão Portela-Pereira, num comentário) -, para além de diversas outras já bem conhecidas: Acacia dealbata, Avena barbata, Crataegus monogyna,
Galactites
tomentosus, Galium
aparine, Geranium
purpureum, Hedera
sp., Hirschfeldia
incana, Medicago
polymorpha, Rubus
ulmifolius, Rumex
sp., Pinus pinaster,
Pteridium
aquilinum, Sonchus
oleraceus, Tamus
communis, Ulex
europaeus, Vicia
sativa, etc.
Etiquetas:
Asteraceae,
Plantas ornamentais,
vegetação ruderal
Subscrever:
Mensagens (Atom)