As avoadinhas são das plantas mais comuns em Portugal, mas também são das mais ignoradas. O seu nome popular deriva da capacidade das sementes tem de se dispersar pelo vento, já que o vento a faz voar distâncias consideráveis. O nome do género em latim deriva do nome grego (Konyza) de outra planta da mesma família,
Inula conyza, sendo o nome dado pela semelhança dos capítulos entre as duas. Anteriormente, as avoadinhas eram classificadas no género
Erigeron, que deriva do grego (eri = cedo; geron = velho) e que significa mais ou menos rapidamente velho. Também as compostas do género
Senecio tem uma referência geriátrica, já que senex em latim significa igualmente velho. Quando estas plantas estão cobertas de aquénios plumosos é fácil compreender a razão pela qual os botânicos clássicos utilizaram estas referências alegóricas relativas à velhice.
Na foto encontram-se duas espécies que apesar de muito semelhantes à primeira vista, se podem diferenciar muito facilmente. A do lado esquerdo (
Conyza sumatrensis) possui pêlos por toda a superfície da folhas e dos invólucros dos capítulos enquanto a da direita (
Conyza bilbaoana), possui invólucros dos capítulos glabros e cílios apenas na margem e nervura inferior das folhas. Apesar de ser tido uma naturalização recente, a expansão rápida da
C. bilbaoana pelo norte de Portugal e Espanha e restante Europa ocidental, faz-nos suspeitar que esta será uma das espécies com maior potencial invasor no território.