De acordo com a recente monografia do
complexo Campanula lusitanica, da
autoria de Jara Cano-Maqueda e Salvador Talavera (Cano-Maqueda, J. &
S. Talavera. 2011. A
taxonomic revision of the Campanula
lusitanica complex
(Campanulaceae) in the Western Mediterranean region. Anales del Jardín Botánico de Madrid 68 (1): 15-47), parece-nos bastante provável que esta
planta portuguesa, da Serra do Caramulo, fotografada em 19.V.2010, seja a Campanula matritensis A. DC. (= Campanula lusitanica subsp. matritensis (A. DC.) Franco).
terça-feira, 31 de maio de 2016
sexta-feira, 6 de maio de 2016
Os jovens velhos
As avoadinhas são das plantas mais comuns em Portugal, mas também são das mais ignoradas. O seu nome popular deriva da capacidade das sementes tem de se dispersar pelo vento, já que o vento a faz voar distâncias consideráveis. O nome do género em latim deriva do nome grego (Konyza) de outra planta da mesma família, Inula conyza, sendo o nome dado pela semelhança dos capítulos entre as duas. Anteriormente, as avoadinhas eram classificadas no género Erigeron, que deriva do grego (eri = cedo; geron = velho) e que significa mais ou menos rapidamente velho. Também as compostas do género Senecio tem uma referência geriátrica, já que senex em latim significa igualmente velho. Quando estas plantas estão cobertas de aquénios plumosos é fácil compreender a razão pela qual os botânicos clássicos utilizaram estas referências alegóricas relativas à velhice.
Na foto encontram-se duas espécies que apesar de muito semelhantes à primeira vista, se podem diferenciar muito facilmente. A do lado esquerdo (Conyza sumatrensis) possui pêlos por toda a superfície da folhas e dos invólucros dos capítulos enquanto a da direita (Conyza bilbaoana), possui invólucros dos capítulos glabros e cílios apenas na margem e nervura inferior das folhas. Apesar de ser tido uma naturalização recente, a expansão rápida da C. bilbaoana pelo norte de Portugal e Espanha e restante Europa ocidental, faz-nos suspeitar que esta será uma das espécies com maior potencial invasor no território.
Etiquetas:
Asteraceae,
Biologia da dispersão,
Flora exótica
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