A Ophrys apifera Huds. é uma das orquídeas que cresce no relvado em frente ao INRB, o sítio onde trabalho. Todas as pessoas, mesmo a senhora do bar, têm apreço por elas. Os jardineiros quando cortam a relva não lhes mexem e alguém mais zeloso pôs-lhes umas protecções improvisadas em volta. É um exemplo de biodiversidade urbana. O relvado têm ainda Ophyrs bombyliflora, O. lutea, O. dyris e Serapias strictiflora. Para saber mais acerca de orquidáceas portuguesas veja-se um excelente texto de Miguel Porto aqui. Estácio da Veiga (1828-1891) escreveu a primeira monografia deste género para o país. A obra monográfica mais recente acerca desta família de plantas em Portugal é de Daniel Tyteca de 1998, que se pode obter aqui. Num nível científico pode ver os pdfs desta família por inteiro aqui.
Os habitats de orquidáceas estão legalmente protegidos.
Foto: A. Saraiva (2007)
Bem vindo, Jorge. Que felizes são os botânicos com calcários à porta :-)
ResponderEliminarPois somos! Mas que dizer de si (CA) que tem à sua porta outras muito mais raras como a C rubra e a Neotia?
ResponderEliminarDuarte Marques
(Peço desculpa pela falta do t na Neottia acima)
ResponderEliminarPode acrescentar à lista a Anacamptis pyramidalis(dois exemplares isolados), a Gennaria diphylla (este Inverno soterradas pelas obras de um esgoto em curso), a Orchis italica, a Ophrys coriophora e a Spiranthes aestivalis. A população de O. italica( a menos de 2 m do alcatrão) onde já contei mais de trinta exemplares tem sido objecto de predadores desconhecidos de sachola e talvez com saco, está mais reduzida.
Duarte
As O. vernixia, O. ciliatas, O. fusca, Aceras antropophorum, Orchis italica e seus filhos xOrchiaceras bivonae existentes há vários anos num outro local desapareceram abafadas pelo cescimento do mato.
Peço desculpa por mais um lapso. O erro crasso foi referir a Spiranthes aestivalis como ocorrendo nos terrenos do INRB. Quando escrevi aquilo estava a pensar na espécie correcta, a S. spiralis, que é a que aí ocorre com relativa abundância quando os coelhos não as comem ao florescer em Agosto-Setembro.
ResponderEliminarDuarte Marques
Eu não sou botânico, não tenho essa pretensão. Sou apenas um amador de orquídeas silvestres portuguesas.
ResponderEliminarDuarte
A O. italica está a iniciar a floração nos terrenos do INRB.
ResponderEliminarDuarte