quarta-feira, 20 de março de 2013

Ehrharta erecta Lam. (Gramineae) e Arum italicum L. (Araceae)



Para assinalarmos devidamente o Equinócio - que marca a entrada na gloriosa estação da Primavera - postamos hoje duas plantas muito interessantes:
Ehrharta erecta Lam. (aqui nascida numa fenda de uma parede vertical urbana), uma das gramíneas menos conhecidas da flora de Portugal, mas que é indubitavelmente subespontânea entre nós, há mais de 70 anos (foi primeiramente referida por J. Gonçalves Garcia in Anales Jard. Bot. Madrid 6: 422, 1946, como planta subespontânea em Portugal);
e uma belíssima arácea que pensamos ser Arum italicum L., em versão de espata pintalgada, daí ser por vezes também chamado de Arum maculatum ou Arum pictum...
As três fotos aqui postadas são de Coimbra, 29TNE4950, alt. c. 110 m, 19.III.2013.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Crassula brevifolia Harv. (Crassulaceae)



Deixamos aqui uma bela crassulácea exótica: Crassula brevifolia Harv., que é bastante comum em Portugal como planta cultivada em vasos, de interior ou de exterior.
A 100 m de altitude floresce perfeitamente no exterior, em pleno Inverno (as fotos são de 30.XII.2012).
É uma espécie subarbustiva (endémica do Sul de África) de cultivo e propagação vegetativa muito fácil e pouco exigente!

sexta-feira, 15 de março de 2013

Narcissus Assoanus Dufour (Amaryllidaceae)



Para continuar a comemorar a vinda da Primavera - que está quase a chegar (e com imensas flores, tendo em conta o Inverno abundantemente chuvoso que temos tido) - aqui fica mais uma beldade actualmente em floração: o endemismo exclusivamente ibero-gálico Narcissus Assoanus Dufour (Amaryllidaceae), que Aedo in Flora iberica XX (consultada online em 2012-2013) considera como o nome correcto para os nossos conhecidos endemismos Narcissus Fernandesii Pedro e Narcissus Willkommi (Samp.) A. Fern., entre outros taxa.
(http://www.floraiberica.es/floraiberica/texto/imprenta/tomoXX/20_184_05_Narcissus.pdf)

quinta-feira, 14 de março de 2013

Um cogumelo (Polyporaceae) e algumas plantas

Agora que a Primavera se aproxima rapidamente, e em jeito de pré-comemoração, deixamos aqui um belo cogumelo (possivelmente o Lentinus strigosus Fr., da família Polyporaceae, de acordo com um ilustre especialista, a quem agradecemos!), no meio do qual surgem algumas pequenas ervas - pensamos poder reconhecer entre elas duas espécies anuais ruderais muito comuns: a famosa Poa annua L. (Gramineae) e o não tão conhecido mas também muito comum Polycarpon tetraphyllum (L.) L. (Caryophyllaceae).
A foto é muito recente, de 1 de Março de 2013.



segunda-feira, 11 de março de 2013

Lophira lanceolata (Ochnaceae)

A Lophira lanceolata é uma das árvores mais belas que alguma vez tive felicidade de admirar:



Esta Lophira é espécie comum nas florestas tropicais com estação seca, desde o Senegal e das Guinés até ao Sudão. Fácil de fácil de distinguir com, ou sem flor, como nenhuma outra. Além de vistosíssimas flores, mostra folhas organizadas em tufos característicos, pendurados na extremidade de caules engrossados por uma espessa camada de cortiça.
A madeira é muito resistente, boa para construção civil e para talhar os pilões. Parece que as sementes são comestíveis.
Os hipericões são os parentes mais próximos das ochnáceas nesta banda temperada do planeta que nos serve de abrigo.

domingo, 3 de março de 2013

Bombax costatum (Malvaceae, Bombacoideae)

A primeira árvore que identifiquei na mata, por sinal uma das mais belas da Guiné-Bissau.

 
Bombax costatum, djóia na língua dos fulas.

Sem folha dá flor. Flores grandes como é próprio das malváceas bombacóideas.
O cálice é edível, "comida de fula" assim me disseram. As folhas são apreciadas pelo gado mas quando são precisas, na estação seca, não as tem. Do fruto extraem-se fibras que servem para encher almofadas. Para além do interesse medicinal é uma importante planta melífera numa estação em que escasseiam as flores.