quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Lindernia dubia (L.) Pennel (Linderniaceae)


Aqui fica o nosso postal de Natal 2015, com os votos de Boas Festas e Bom Ano 2016 para todos os participantes e visitantes deste blog: Lindernia dubia (L.) Pennel (= Gratiola dubia L.) (Linderniaceae), que fotografámos num arrozal, na BL: conc. de Figueira da Foz: Maiorca, 29TNE2452, em 7.IX.2015.
Trata-se de uma planta de origem americana, de vasta distribuição, que se pode encontrar tanto na América do Norte como na América do Sul. Antigamente era uma escrofulariácea, mas actualmente possui a sua própria família: Linderniaceae.
Agradecemos a A.C. Matos e a F. Verloove pela companhia nesta pequena excursão botânica estival, na qual várias plantas interessantes foram encontradas.
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quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Notas de uma viagem a Portugal através de França e Espanha

Heinrich Friedrich Link foi um naturalista alemão que visitou Portugal, acompanhando pelo conde de Hoffmansegg, entre 11 de Fevereiro de 1798 e 1799, para estudar a flora portuguesa. A sua natureza observadora registou muito dos usos, costumes locais que moldavam a paisagem naquela época. Algumas das observações que fez na serra do Gerês são muito pertinentes e mostram a antiguidade cultural de algumas das práticas. Link refere na sua obra “Notas de uma viagem a Portugal através de França e Espanha” que a serras só tinham árvores junto aos rios e que a maior parte dos montes estava revestida por mato. O povo deitava fogo ao mato de três em três anos para renovar os pastos mas também para afugentar os animais perigosos. O vale do rio Homem não era cultivado mesmo naquela altura, em contraste com todas as zonas do Minho. Também lhe chamou a atenção a considerável quantidade de gado que era criado nas serras. Curiosamente, Link reparou que as pessoas ingeriam grandes refeições com muito carne, algo que se tornaria mais difícil no século XIX. Um dos objectivos dos dois cientistas era medir a altitude das serras daquela zona, o que não puderam fazer porque os monges boçais do mosteiro de S. Maria de Bouro lhe quebraram o barómetro que tinha resistido a toda a viagem. Em compensação Link descobriu uma planta nova para a ciência na zona de Leonte que chamou de Agrostis juressi. Depois da sua descrição, muitos botânicos procuraram esta planta naquelas serras, de tal maneira que o botânico Julio Henriques refere concretamente que “Depois do Prof. Link, nunca mais foi esta espécie encontrada no Gerez”. No verão de 2006 encontrei uma população na vertente galega do maciço geresiano, a poucos quilómetros da Portela do Homem. Tendo em conta o habitat da espécie, visitamos os ambientes turfosos com vegetação pioneira de baixa cobertura situados nas proximidades da localização galega, na vertente portuguesa, o que resultou na redescoberta de uma população no vale do rio junto à Portela do Homem.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Chlorophytum comosum (Thunb.) Jacques (Asparagaceae) naturalizado em Portugal

Chlorophytum comosum (Thunb.) Jacques

= Anthericum comosum Thunb. (basiónimo)

Esta planta herbácea perene sempreverde inerme de flores brancas, de origem africana, foi por nós encontrada como um possível epecófito, na província da Beira Litoral (BL), no distrito de Coimbra, concelho da Figueira da Foz, freguesia de Quiaios, perto da margem da Lagoa das Braças, 29TNE170553, alt. ca. 45 m, em 21.XI.2015, em floração (observação e fotos 1 a 3).
Esta espécie, nativa da África tropical e do Sul, tem vindo a naturalizar-se noutras partes do Mundo (https://en.wikipedia.org/wiki/Chlorophytum_comosum).
Na Região Euro-Mediterrânica ainda não parece ter sido encontrada como planta naturalizada ou subespontânea, de acordo com a The Euro+Med PlantBase (http://ww2.bgbm.org/EuroPlusMed/PTaxonDetail.asp?NameId=3829&PTRefFk=8000000).

Fotos 1 a 3: Chlorophytum comosum (Thunb.) Jacques (Asparagaceae) perto da margem NE da Lagoa das Braças (Portugal: BL: Figueira da Foz, Quiaios, 21.XI.2015)

Agradecemos a A.C. Matos pelo achado da planta, a A.C. Matos e a M.J. Pereira pela companhia nesta excursão botânica, e a F. Verloove pela sugestão de visitar este local.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Crassula Tillaea (Crassulaceae), Sagina apetala (Caryophyllaceae), um trevo não identificado, etc.

Aqui fica o nosso post de Novembro, agora que o frio começa a aparecer...
Pensamos que esta foto pode corresponde à associação Crassulo tillaeae-Saginetum apetalae Rivas-Martínez 1975, com várias espécies interessantes como: Bryum alpinum Withering (Bryaceae), Crassula Tillaea Lest.-Garl. ou Tillaea muscosa L. (Crassulaceae), Sagina apetala Ard. (Caryophyllaceae) e ainda um trevo que não identificámos: Trifolium sp. (Leguminosae).
A foto é de 19.05.2013, e foi obtida num local granítico da Beira Alta, entre os paralelepípedos da calçada. Agradecemos à Doutora Cecília Sérgio a identificação do musgo avermelhado formador de tapete Bryum alpinum.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Solanum rostratum Dunal (Solanaceae) naturalizado em Portugal



Solanum rostratum Dunal
Syn.: Solanum cornutum auct., non Lam.
Esta planta anual muito espinhosa de flores amarelas, de origem norte-americana, foi por nós encontrada como um possível epecófito, na província de Trás-os-Montes e Alto Douro (TM), no distrito de Bragança, em Mirandela, perto de Mascarenhas, planta arvense, num pomar/horta, na margem da estrada para Mirandela, em 3.VII.2003 (fotos 1 a 3). 
 
Não nos consta que seja planta cultivada e parecia estar naturalizada, havendo vários exemplares.
Esta espécie encontra-se já naturalizada em diversas províncias espanholas (Sobrino Vesperinas & Sanz-Elorza, 2012, Solanum L. In Flora iberica XI: pp 189-190), assim como em diversos outros países europeus (Valdés, B., 2012. Solanaceae. In: Euro+Med Plantbase – the information resource for Euro-Mediterranean plant diversity.).


Agradecemos a A.C. Matos a companhia nesta excursão botânica.