terça-feira, 28 de junho de 2011
Trachelium caeruleum (Campanulaceae) + 3 borboletas para identificação
A exemplo do post anterior, vamos aqui apresentar mais uma beldade azórica e também continental, desta vez uma Campanulácea:
Trachelium caeruleum L., Sp. Pl. 1: 171. 1753 [1 May 1753],
que ocorre sobretudo na Região Mediterrânica Ocidental, frequentemente sobre muros e paredes, embora este belo exemplar viva epífito sobre uma Phoenix (Palmae ou Arecaceae).
IPNI Plant Name Details
Tal como no post anterior, incluímos aqui também três borboletas domésticas para o ilustre Eduardo eventualmente identificar - ficam, desde já, os nossos agradecimentos!
Como sugestão musical, desta vez, deixamos aqui esta interessantíssima versão de Across the Universe, dos Beatles:
YouTube - The Beatles - Across The Universe [HQ] Take2 1968 Version long
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Lysimachia azorica (Primulaceae) + 3 borboletas para identificação
Continuando com as plantas açóricas, aqui fica mais um belíssimo endemismo do Arquipélago dos Açores (pertencente à família das Primuláceas):
Lysimachia azorica Hornem. ex Hook., Bot. Mag. 60: t. 3273. 1833,
que consta deste artigo interessantíssimo que encontrámos na Net:
http://www.azoresbioportal.angra.uac.pt/files/publicacoes_AGUIAR06_PlantasVascularesEndemicasArquipelagoAcores.pdf
Aproveitamos a oportunidade para deixar mais três borboletas (domésticas) para eventual identificação por algum dos ilustres entomólogos que frequentam este blog, a quem agradecemos antecipadamente!
Como sugestão musical, deixamos aqui hoje o excelente Ringo Starr, com Goodnight Vienna e Occapella (1974):
YouTube - RINGO STARR GOODNIGHT VIENNA PART 1..GOODNIGHT VIENNA/OCCAPELLA
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quinta-feira, 23 de junho de 2011
Verbena bonariensis (Verbenaceae) e Oenothera stricta (Onagraceae)
Numa recente excursão açórica, encontrámos algumas belas plantas plantas exóticas, das quais vamos aqui postar duas espécies predominantemente ruderais, pertencentes a duas famílias diferentes:
Verbena bonariensis L., Sp. Pl. 1: 20. 1753 [1 May 1753] (Verbenaceae), que é originária das regiões quentes da América do Sul:
IPNI Plant Name Query Results
Verbena bonariensis - Wikipedia, the free encyclopedia
e Oenothera stricta Link, Enumeratio plantarum horti regii berolinensis altera 1 1821 (Onagraceae)
IPNI Plant Name Query Results
Oenothera - Wikipedia, the free encyclopedia
Como acompanhamento musical, vamos hoje sugerir a belíssima "Echo Beach", de Martha and the Muffins:
YouTube - Martha & The Muffins - Echo Beach
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Verbenaceae
sábado, 11 de junho de 2011
Glycine max (Fabaceae), a planta mais perigosa do mundo I
A Glycine max, i.e. a soja, foi domesticada na China a partir da soja-selvagem (Glycine soja), uma leguminosa indígena do sudeste asiático com uma enorme área de distribuição. Vários centros de origem, todos localizados no interior da China, têm sido propostos para a soja. O mais provável é que a sua domesticação tenha ocorrido, de forma independente, em mais de uma região, entre as quais o troço médio do Rio Amarelo e, mais a sul, no vale do Rio Yangtze. Os mais antigos macrorrestos de sementes de G. max datam de 3000 BP (antes do presente); a documentação histórica antecipa para ca. 4500 BP o seu cultivo.
A domesticação da G. soja compreendeu um alargamento do ciclo de vida, a redução da dimensão das plantas e do número de ramificações, o desaparecimento das características de planta trepadora (as plantas de G. max sustentam-se na vertical) e um aumento do tamanho das vagens e das sementes. No centro de origem da espécie co-existem tipos selvagens (G. soja), plantas domesticadas (G. max) e plantas com características intermédias.
Entre as plantas cultivadas a soja é aquela que atinge o maior teor de proteína na semente (40 %) e a maior percentagem de óleo (atinge 20% do peso da semente) relativamente ao peso total da planta. Na Ásia, sobretudo na China, a soja é consumida sob a forma de tofu (alimento de consistência semelhante ao queijo que resulta da coagulação das proteínas do leite de soja após a adição de cloreto de magnésio), leite de soja (produzido a partir da moenda do grão-de-soja com água), creme seco de soja (um derivado do leite de soja) e molho de soja. A maior parte da produção mundial de soja é destinada à produção de óleos alimentares e alimentos compostos animais.
Segundo a FAOSTAT em 2009 a produção mundial atingiu se soja em 2009 as 223,2 10^6 toneladas, cultivadas em 99,5 x 10^6 ha.
(continua)
A domesticação da G. soja compreendeu um alargamento do ciclo de vida, a redução da dimensão das plantas e do número de ramificações, o desaparecimento das características de planta trepadora (as plantas de G. max sustentam-se na vertical) e um aumento do tamanho das vagens e das sementes. No centro de origem da espécie co-existem tipos selvagens (G. soja), plantas domesticadas (G. max) e plantas com características intermédias.
Entre as plantas cultivadas a soja é aquela que atinge o maior teor de proteína na semente (40 %) e a maior percentagem de óleo (atinge 20% do peso da semente) relativamente ao peso total da planta. Na Ásia, sobretudo na China, a soja é consumida sob a forma de tofu (alimento de consistência semelhante ao queijo que resulta da coagulação das proteínas do leite de soja após a adição de cloreto de magnésio), leite de soja (produzido a partir da moenda do grão-de-soja com água), creme seco de soja (um derivado do leite de soja) e molho de soja. A maior parte da produção mundial de soja é destinada à produção de óleos alimentares e alimentos compostos animais.
Segundo a FAOSTAT em 2009 a produção mundial atingiu se soja em 2009 as 223,2 10^6 toneladas, cultivadas em 99,5 x 10^6 ha.
Evolução da área cultivada e da produção de soja à escala global (FAOSTAT, acedido a 11-VI-2011) ... sempre a crescer!
(continua)
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Jurinea humilis
Decorria o ano de 1959, quando uma exploração liderada pelo Professor Abílio Fernandes do Instituto Botânico da Universidade de Coimbra no dia 18 de Junho revelava um novo género, e logo uma nova espécie para a flora portuguesa. Tratava-se de Jurinea humilis, planta da família das Asteraceae, que apresenta capítulo séssil ou tenuemente pedunculado, que cresce de forma prostrada nos interstícios de rochas xistentas.
Em Portugal parece encontrar-se restrita, às serras do Açor e Cebola (Complexo do Açor) entre os 1340 e 1420 m de altitude e Espinhaço de Cão e Alvoaça (serra da Estrela) entre os 1380 e 1480 metros de altitude, localidades pertencentes às províncias da Beira Alta, Beira Baixa e Beira Litoral. Trata-se de uma espécie relativamente comum em Espanha e que também ocorre nas montanhas da Sicília, região meridional de França e no norte de África.
Na serra da Estrela, esta espécie rara da nossa flora, encontra-se ameaçada pela contínua construção e ampliação de parques eólicos e pela abertura cada vez mais comum de aceiros florestais, que ano após ano, vêm fragmentando o seu habitat e reduzindo o efectivo populacional.
Decorria o ano de 1959, quando uma exploração liderada pelo Professor Abílio Fernandes do Instituto Botânico da Universidade de Coimbra no dia 18 de Junho revelava um novo género, e logo uma nova espécie para a flora portuguesa. Tratava-se de Jurinea humilis, planta da família das Asteraceae, que apresenta capítulo séssil ou tenuemente pedunculado, que cresce de forma prostrada nos interstícios de rochas xistentas.
Em Portugal parece encontrar-se restrita, às serras do Açor e Cebola (Complexo do Açor) entre os 1340 e 1420 m de altitude e Espinhaço de Cão e Alvoaça (serra da Estrela) entre os 1380 e 1480 metros de altitude, localidades pertencentes às províncias da Beira Alta, Beira Baixa e Beira Litoral. Trata-se de uma espécie relativamente comum em Espanha e que também ocorre nas montanhas da Sicília, região meridional de França e no norte de África.
Na serra da Estrela, esta espécie rara da nossa flora, encontra-se ameaçada pela contínua construção e ampliação de parques eólicos e pela abertura cada vez mais comum de aceiros florestais, que ano após ano, vêm fragmentando o seu habitat e reduzindo o efectivo populacional.
segunda-feira, 6 de junho de 2011
Rosa canina vrs. R. squarrosa (Rosaceae)
As roseiras-bravas estão em flor. As espécies de Rosa citadas para Portugal são muitas; se não estou em erro 17, se tomarmos em consideração as microespécies do grupo da R. canina.
Uma fonte garantida de "prazer botânico".
A R. canina s.str. (no sentido estrito) é uma espécie de "default" do género Rosa: não tem pêlos nas folhas, não tem glândulas nas folhas e nos pedicelos, os dentes das folhas são simples (ver imagem), não tem os estiletes salientes e estes emergem por um orifício estreito; as flores da R. canina s.str. são geralmente brancas e as folhas não exalam um odor peculiar.
A R. canina s.str. prefere ambientes sombrios e frescos.
Nestes habitats aparece, frequentemente, uma outra espécie do grupo da R. canina - a R. squarrosa - que se distingue da R. canina s.str. por apresentar folhas com dentes duplos, i.e., os dentes maiores das folhas surgem recortados por dentes mais pequenos.
Duas fotos de R. squarrosa:
Uma fonte garantida de "prazer botânico".
A R. canina s.str. (no sentido estrito) é uma espécie de "default" do género Rosa: não tem pêlos nas folhas, não tem glândulas nas folhas e nos pedicelos, os dentes das folhas são simples (ver imagem), não tem os estiletes salientes e estes emergem por um orifício estreito; as flores da R. canina s.str. são geralmente brancas e as folhas não exalam um odor peculiar.
A R. canina s.str. prefere ambientes sombrios e frescos.
Nestes habitats aparece, frequentemente, uma outra espécie do grupo da R. canina - a R. squarrosa - que se distingue da R. canina s.str. por apresentar folhas com dentes duplos, i.e., os dentes maiores das folhas surgem recortados por dentes mais pequenos.
Duas fotos de R. squarrosa:
domingo, 5 de junho de 2011
Potentila erecta (Rosaceae) e mais um insecto
Deixamos aqui hoje um belo insecto e uma bela planta, da família das Rosáceas, felizmente comum nas nossas montanhas frescas e húmidas:
Potentilla erecta (L.) Raeusch.
= Tormentilla erecta L.
Potentilla erecta (L.) Raeusch. — The Plant List
Em relação ao insecto, cuja identificação não podemos precisar, fica a esperança de que algum dos amigos entomólogos que frequentam este blog (e a quem, antecipadamente, agradecemos) o possa identificar.
Este insecto tão curioso parece-nos ser bastante semelhante a um outro, não menos belo, que já aqui tínhamos deixado para possível identificação (embora sem grande êxito).
Das plantas e das pessoas: Cedrus libani e mais alguns amigos (Pinaceae)
Como sugestão musical, fica hoje "Dez-Onze-Doze" da excelente e inesquecível Banda do Casaco:
YouTube - Dez-Onze-Doze - Banda do Casaco
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Uma composta, uma planta não identificada, duas borboletas e dois bugs
Mais alguns bichos para identificação: um deles (possivelmente um coleóptero) sobre um capítulo de uma composta (Asteraceae ou Compositae), provavelmente uma Pulicaria (ou erva-pulgueira), talvez mesmo a Pulicaria dysenterica (L.) Gaertn.
Pulicaria dysenterica (L.) Gaertn. — The Plant List
IPNI Plant Name Details
Outra planta -essa realmente não identificada e exótica- com corola lilacínea húmida por efeito da chuva -quem sabe, talvez um dos ilustres botânicos que frequentam este blog a possa identificar?
Deixamos aqui ainda outro pequeno insecto não identificado, e ainda duas borboletas pardas pousadas em paredes, uma delas sobre um azulejo branco.
Antecipadamente, os nossos agradecimentos aos ilustres entomólogos que poderão talvez sugerir nomes para estes insectos tão curiosos!
Como sugestão musical, deixamos hoje aqui a inolvidável Grace Jones, com "La vie en rose":
YouTube - Grace Jones - La Vie En Rose
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