segunda-feira, 6 de junho de 2011

Rosa canina vrs. R. squarrosa (Rosaceae)

As roseiras-bravas estão em flor. As espécies de Rosa citadas para Portugal são muitas; se não estou em erro 17, se tomarmos em consideração as microespécies do grupo da R. canina.
Uma fonte garantida de "prazer botânico".
A R. canina s.str. (no sentido estrito) é uma espécie de "default" do género Rosa: não tem pêlos nas folhas, não tem glândulas nas folhas e nos pedicelos, os dentes das folhas são simples (ver imagem), não tem os estiletes salientes e estes emergem por um orifício estreito; as flores da R. canina s.str. são geralmente brancas e as folhas não exalam um odor peculiar.

A R. canina s.str. prefere ambientes sombrios e frescos.
Nestes habitats aparece, frequentemente, uma outra espécie do grupo da R. canina - a R. squarrosa - que se distingue da R. canina s.str. por apresentar folhas com dentes duplos, i.e., os dentes maiores das folhas surgem recortados por dentes mais pequenos.
Duas fotos de R. squarrosa:

3 comentários:

  1. As belas rosas são sempre muito bem vindas!!
    ZG

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  2. Curioso que o perfume das rosas silvestres pouco se assemelha ao cheiro pesado dos perfumes comerciais; acrescentaria uma boa dose de cheiro a maçãs-verdes.

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  3. Bom dia...
    a questão dos dentes duplos parece-me que nem sempre é objetivamente "visível". Dentro do grupo da Rosa canina s.l. levanta-se sempre essa questão na hora de diferenciar as várias micro-espécies. Neste sentido parece que encontrei a última resistente que não ocorria em território luso - a Rosa obtusifolia dada para o Sistema Central em Espanha não muito longe da fronteira (segundo o Anthos). Este taxon apenas se distingue da mais comum Rosa corymbifera precisamente pelo recorte dos folíolos ser duplo e não simples como na 2.ª.Mas por vezes não é fácil perceber se é um recorte duplo ou se dentes simples irregulares...
    cumprimentos
    Estevão

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