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Narciso-do-Mondego
O Narciso-do-Mondego foi descrito pela primeira vez para a ciência pelo Professor Júlio Henriques. É um endemismo lusitano (BA e BL), que ocorre apenas ao longo do curso médio da bacia hidrográfica do rio Mondego (encostas dos vales dos rios Mondego, Seia e Cobral). Estima-se que a sua área de ocorrência seja um pouco superior a 50 km², repartida por vários núcleos populacionais com relativa continuidade pelos concelhos de Carregal do Sal, Gouveia, Mangualde, Nelas, Oliveira do Hospital, Seia e Tábua.
Ocorre preferencialmente sobre plataformas e afloramentos rochosos graníticos, em pinhais e clareiras de matagais. As inflorescências suportam de uma a cinco flores pequenas, de um amarelo vivo, e as tépalas são ovadas maiores ou do mesmo tamanho que a coroa. O período de floração é muito curto e decorre entre os meses de Fevereiro e Março.
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O Sítio de Interesse Comunitário Carregal do Sal, incluído na Rede Natura 2000, foi criado e delimitado fundamentalmente devido à presença desta espécie. Encontra-se incluída no Plano Nacional de Conservação da Flora em Perigo e listada nos Anexos II e IV da Directiva habitats. Possui também vários núcleos fora da área geográfica do Sítio.
Os fogos que passado Verão consumiram uma área significativa ao longo do vale do Mondego, vieram de alguma forma beneficiar esta espécie, ou pelo menos torná-la mais visível e competitiva, em alguns locais, onde o estrato arbustivo formado por giestas e estevas era já demasiado extenso e denso. Este geófito encontra-se neste período em plena floração.
Belíssimas fotos, belíssimo narciso!!
ResponderEliminarMerece um pouco de Vivaldi para acompanhamento:
YouTube - A. Vivaldi (T. Albinoni): Andromeda liberata (RV Anh.117) - I Aria 5 [Cassiope]: Si rinforzi in te
Também acompanhado pelo simpático Umbilicus rupestris (Salisb.) Dandy, Fl. Gloucestershire 611. 1948:
ResponderEliminarIPNI Plant Name Query Results
Fartei-me de procurar este narciso mas nunca tive a sorte de o encontrar. Excelente post! Estavas a fazer falta ;)
ResponderEliminarÉ muito parecido com o N. calcicola, também ele bem bonito!!
ResponderEliminarA Flora Ibérica (ainda em rascunho) até considera que o N. calcicola é uma subespécie do N. scaberulus. De facto, os dois distinguem-se sobretudo por ocuparem habitats muito distintos. Se se misturassem seria uma trabalheira destrinçá-los.
ResponderEliminarE fica o aviso de que o N. calcicola também está em flor desde meados de Janeiro na serra dos Candeeiros. Visitem-no enquanto é tempo.
Já não vejo N. scaberulus há alguns anos.. é sempre bom recordar. Faço um apelo para que possam também postar as várias subspécies de N. pseudonarcissus.
ResponderEliminarBom trabalho,
AC
Von tentar estar mais activo. Eis uma boa razão para visitar a serra da Estrela, o vale do Modego e os seus afluentes que possuem boms núcleos desta espécie. Apesar da densidade e do número elevado dos núcleos, a reduzida área de distribuição, deve ser considerada como um factor de ameaça. Numca vi N. calcicola, mas pelas fotos parece-me similar contudo de ocorrência em outros tipo de substrato.
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