segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Symphyotrichum squamatum (Compositae) e mais alguns bichos (Insecta)
As plantas continuam a florescer e os bichos continuam a aparecer e, por isso, aqui ficam mais alguns exemplares interessantes!
Symphyotrichum squamatum (Spreng.) G. L. Nesom in Phytologia 77: 292. 1995
= Conyza squamata Spreng., Syst. Veg. 3: 515. 1826 (basiónimo)
= Aster squamatus (Spreng.) Hieron. in Bot. Jahrb. Syst. 29: 19. 1900
= Conyzanthus squamatus (Spreng.) Tamamsch. in Komarov, Fl. SSSR 25: 186. 1959
= Symphyotrichum subulatum (Michx.) G. L. Nesom var. squamatum (Spreng.) S. D. Sundb. in Sida 21:908. 2004
(Greuter, W. (2006-2009): Compositae (pro parte majore). – In: Greuter, W. & Raab-Straube, E. von (ed.): Compositae. Euro+Med Plantbase - the information resource for Euro-Mediterranean plant diversity)
é uma interessante composta (Compositae ou Asteraceae) que se encontra subespontânea em Portugal, sobretudo em locais ruderais, sendo proveniente da América do Sul e hoje naturalizada um pouco por todo o Mundo
Symphyotrichum subulatum var. squamatum information from NPGS/GRIN
PLANTS Profile for Symphyotrichum squamatum (southeastern annual saltmarsh aster) | USDA PLANTS
Quanto aos insectos, são quatro, de várias ordens (Lepidoptera, Diptera, Coleoptera?) e aguardam, evidentemente, o generoso trabalho de identificação pelos ilustres especialistas que têm a amabilidade de visitar este blog tão diversificado!
Como sugestão musical, deixamos aqui hoje:
Miserere, by Italian composer Gregorio Allegri (1582-1652)
Allegri - Miserere (best quality) - YouTube
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sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Centaurea langei (Asteraceae)
Se perguntarem a um botânico, com um mínimo de experiência, quais os grupos de plantas vasculares de taxonomia mais difícil em Portugal é muito provável que o rol inclua os géneros apomíticos Hieracium, Rubus e Taraxacum, algumas plantas de sapal como as Salicornia, às tantas Armeria e, inevitavelmente, Centaurea gr. Centaurea.
Este último grupo de plantas, pertencente à família das asteráceas, foi até há bem pouco tempo designado por Centaurea gr. Paniculata. O género Centaurea foi neotipificado em 2001: a espécie tipo passou a ser a C. paniculata. Por imposição do Código de Nomenclatura Botânica o grupo a que pertence o tipo herda o nome do género, daí Centaurea gr. Centaurea.
As chaves dicotómicas de Centaurea gr. Centaurea publicados na Nova Flora de Portugal não funcionam e o conceito de alguns dos taxa reconhecidos no grupo não é claro. De facto, tanto no campo como em herbário é geralmente impossível distinguir C. langeana de C. micrantha ou de C. melanosticta. A C. lusitanica já parece fazer sentido, assim como a C. coutinhoi, a C. rothmalerana e outras espécies mais.
Finalmente parece que este pântano de espécies e nomes foi posto na ordem. Os botânicos espanhóis J. Devesa e E. López publicaram uma série de artigos (disponíveis aqui, aqui e aqui) que os interessados neste grupo essencial da flora vascular portuguesa não devem deixar de ler. Pelas mãos destes botânicos uma parte significativa das espécies de C. gr. paniculata foi despromovida à categoria de subespécie no âmbito da C. langei, e.g., a C. coutinhoi que habita as cotas mais altas da Serra de S. Mamede, e a C. exilis uma planta frequente na Beira-Baixa, apelidam-se agora, respectivamente, C. langei subsp. coutinhoi e C. langei subsp. exilis (ver mapa). Faz sentido.
O nome C. langei subsp. langei, por tricas nomenclaturais que não interessa agora explorar, é o nome correcto para as C. gr. paniculata que povoam o NE de Portugal, designadas por C. langeana nas Floras de referência.
As versões de C. langei de capítulos mais pequenos, próprias de ambientes ensolarados e secos (C. micrantha), e as plantas de brácteas mais escuras abundantes no NW e em prados mais a NE (C. melanosticta) foram incorporadas no conceito de C. langei subsp. langei.
Os nomes e os conceitos em taxonomia, ao contrário do que muitos pensarão, mudam por que têm de mudar, porque os sistemas taxonómicos têm que se aproximar cada vez mais de algo de real que é exterior a nós: a diversidade vegetal.
Este último grupo de plantas, pertencente à família das asteráceas, foi até há bem pouco tempo designado por Centaurea gr. Paniculata. O género Centaurea foi neotipificado em 2001: a espécie tipo passou a ser a C. paniculata. Por imposição do Código de Nomenclatura Botânica o grupo a que pertence o tipo herda o nome do género, daí Centaurea gr. Centaurea.
As chaves dicotómicas de Centaurea gr. Centaurea publicados na Nova Flora de Portugal não funcionam e o conceito de alguns dos taxa reconhecidos no grupo não é claro. De facto, tanto no campo como em herbário é geralmente impossível distinguir C. langeana de C. micrantha ou de C. melanosticta. A C. lusitanica já parece fazer sentido, assim como a C. coutinhoi, a C. rothmalerana e outras espécies mais.
Finalmente parece que este pântano de espécies e nomes foi posto na ordem. Os botânicos espanhóis J. Devesa e E. López publicaram uma série de artigos (disponíveis aqui, aqui e aqui) que os interessados neste grupo essencial da flora vascular portuguesa não devem deixar de ler. Pelas mãos destes botânicos uma parte significativa das espécies de C. gr. paniculata foi despromovida à categoria de subespécie no âmbito da C. langei, e.g., a C. coutinhoi que habita as cotas mais altas da Serra de S. Mamede, e a C. exilis uma planta frequente na Beira-Baixa, apelidam-se agora, respectivamente, C. langei subsp. coutinhoi e C. langei subsp. exilis (ver mapa). Faz sentido.
O nome C. langei subsp. langei, por tricas nomenclaturais que não interessa agora explorar, é o nome correcto para as C. gr. paniculata que povoam o NE de Portugal, designadas por C. langeana nas Floras de referência.
Centaurea langei subsp. langei
Os nomes e os conceitos em taxonomia, ao contrário do que muitos pensarão, mudam por que têm de mudar, porque os sistemas taxonómicos têm que se aproximar cada vez mais de algo de real que é exterior a nós: a diversidade vegetal.
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quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Adubai com nitrato (de sódio) do Chile
Na sequência do excelente post de ontem, aproveitando a boleia, aqui fica um outro, bem mais modesto mas algo curioso. Excepcionalmente, trata-se de um post dedicado à Agricultura, uma actividade extremamente importante, como todos sabemos.
Desde há muito tempo que observávamos este interessante (e cada vez mais raro, infelizmente) cartaz de propaganda ou reclame antigo, composto por 49 azulejos (7 ao quadrado) - mas só agora nos aproximamos verdadeiramente do seu significado, graças à eloquente intervenção do amigo CA!
Deixamos aqui uma citação esclarecedora da colossal Wikipédia, a enciclopédia livre:
"O processo foi desenvolvido por Fritz Haber e Carl Bosch em 1909 e patenteado em 1910. Foi usado pela primeira vez, à escala industrial, na Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial. Para a produção de munição os alemães dependiam do nitrato de sódio importado do Chile, que era insuficiente e incerto."
Processo de Haber – Wikipédia, a enciclopédia livre
Como acompanhamento musical, fica hoje a belíssima "Sara", dos Fleetwood Mac:
Fleetwood Mac ~ Sara - YouTube
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Glycine max (Fabaceae), a planta mais perigosa do mundo II
As proteínas são o cimento e o tijolo dos corpos animais. As defesas contra agentes infecciosos externos, a regulação da actividade celular, o transporte de nutrientes, gases e lixo metabólico e até o movimento dependem das proteínas. As proteínas são "legos" de amino-ácidos; os amino-ácidos incorporam átomos de azoto; e o azoto de algum lado tem que vir. Na complexa cadeia alimentar que sustenta as populações humanas, os átomos de azoto que compõem as proteínas alimentares têm, inevitavelmente, origem numa planta. As plantas assimilam azoto inorgânico ou moléculas azotadas simples que, por sua vez, provêm do adubo azotado químico, da reciclagem do azoto retidos em resíduos orgânicos ou da fixação do azoto atmosférico pelas bactérias diazotróficas que colonizam as raízes das leguminosas (outras fontes de azoto assimilável para as para as plantas, como sejam as descargas eléctricas atmosféricas, são irrelevantes no ciclo biogeoquímico do azoto).
Em apenas 100 anos, desde a invenção da síntese química da amónia por Fritz Haber e Carl Bosch em 1909, para mim a maior criação humana depois da invenção da agricultura, o ciclo do azoto passou a ser maioritariamente controlado pelo homem. Um átomo de azoto em cada dois incorporados na biomassa dos homens que povoam o planeta é fixada artificialmente através do processo Haber-Bosch à custa de consumos maciços de energia fóssil (3-5 % do gás natural é consumido neste processo).
A soja é uma leguminosa. A fixação biológica de azoto pode ser suficiente nutrir as plantas de soja em sistemas de elevada produtividade (e.g. 3000 kg semente/ha). No Brasil, o segundo maior produtor mundial de soja, esta planta é cultivada sem fertilização química azotada (uma revisão sobre o tema aqui). Construamos uma dedução simples do tipo A=B, B=C, então A=C: se a soja muito é uma fixadora eficiente de azoto e a fixação biológica de azoto reduz o consumo de combustíveis fósseis, então o cultivo da soja reduz a pressão sobre este precioso recurso não renovável que é o gás natural. As gerações futuras agradecem que consumamos mais proteína de soja, e menos proteína de cereais fertilizados com 200 e mais kg N/ha de síntese química, por exemplo.
A soja é das espécies mais trabalhadas pelos geneticistas. Dois exemplos. A soja resistente ao glifosato, um conhecido herbicida não selectivo, foi lançada em 1995. Estas variedades OGM permitem a utilização de técnicas de mobilização mínima na preparação do solo e, por essa via, reduzir os gastos em combustíveis fósseis, as perdas de solo por erosão e aumentar o teor de de matéria orgânica do solo. Estão a ser desenvolvidas variedades com elevados teores de lisina para serem usadas na alimentação do salmão, uma tecnologia que reduzirá a pressão sobre os stocks de peixe de mar.
Em resumo a soja é uma planta maravilhosa !!!
Mas ...
(continua ;)
Em apenas 100 anos, desde a invenção da síntese química da amónia por Fritz Haber e Carl Bosch em 1909, para mim a maior criação humana depois da invenção da agricultura, o ciclo do azoto passou a ser maioritariamente controlado pelo homem. Um átomo de azoto em cada dois incorporados na biomassa dos homens que povoam o planeta é fixada artificialmente através do processo Haber-Bosch à custa de consumos maciços de energia fóssil (3-5 % do gás natural é consumido neste processo).
Glycine max (Fabaceae) «soja», plantas cultivadas no Planalto de Miranda
A soja é uma leguminosa. A fixação biológica de azoto pode ser suficiente nutrir as plantas de soja em sistemas de elevada produtividade (e.g. 3000 kg semente/ha). No Brasil, o segundo maior produtor mundial de soja, esta planta é cultivada sem fertilização química azotada (uma revisão sobre o tema aqui). Construamos uma dedução simples do tipo A=B, B=C, então A=C: se a soja muito é uma fixadora eficiente de azoto e a fixação biológica de azoto reduz o consumo de combustíveis fósseis, então o cultivo da soja reduz a pressão sobre este precioso recurso não renovável que é o gás natural. As gerações futuras agradecem que consumamos mais proteína de soja, e menos proteína de cereais fertilizados com 200 e mais kg N/ha de síntese química, por exemplo.
A soja é das espécies mais trabalhadas pelos geneticistas. Dois exemplos. A soja resistente ao glifosato, um conhecido herbicida não selectivo, foi lançada em 1995. Estas variedades OGM permitem a utilização de técnicas de mobilização mínima na preparação do solo e, por essa via, reduzir os gastos em combustíveis fósseis, as perdas de solo por erosão e aumentar o teor de de matéria orgânica do solo. Estão a ser desenvolvidas variedades com elevados teores de lisina para serem usadas na alimentação do salmão, uma tecnologia que reduzirá a pressão sobre os stocks de peixe de mar.
Em resumo a soja é uma planta maravilhosa !!!
Mas ...
(continua ;)
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Echium salmanticum, E. lusitanicum e E. rosulatum (Boraginaceae)
Além da Scrophularia grandiflora do post anterior ocorrem em Portugal continental (Lu) outras plantas ruderais de distribuição restrita. Uma delas é o Echium salmanticum, um endemismo Ibérico relativamente comum na falda leste da Serra da Estrela e na Cova da Beira (não tenho a certeza mas parece-me ser o Echium que colonizou os separadores da A25 junto à Guarda).
Durante anos, antes da publicação da Flora Iberica, confundi-o com outro endemismo ibérico, o E. lusitanicum: as duas espécies distinguem-se não sem esforço através da estrutura do pêlos do cálice; os estames são ainda mais excertos (salientes para fora da corola) no E. salmanticum do que no E. lusitanicum. O E. lusitanicum é frequente nas montanhas do NW, por exemplo nos taludes e lameiros por todo o Barroso.
Já agora, uma pequena nota sobre o E. rosulatum. O E. rosulatum subsp. rosulatum é um dos taxa indígenas de Echium mais frequentes em Lu, talvez o mais fácil de observar logo a seguir ao E. plantagineum.
Não sei onde tenho as minhas fotos de uma outra subespécie de E. rosulatum, do E. rosulatum subsp. davaei, um endemismo ornitocoprófilo (de habitats enriquecidos com excrementos de aves) das Berlengas. Se visitarem estas ilhas na Primavera, mal saiam do barco, deparar-se-ão com as inflorescências da Armeria berlenguensis (Plumbaginaceae) que pontuam de rosa as escarpas, os caminhos e até os muros do forte. Ultrapassadas as escarpas hão-de reparar que as encostas sobranceiras ao bares estão pejadas de E. rosulatum subsp. davaei, que é aí uma planta quase tão abundante como a gaivota-argêntea (Larus argentatus).
Que género mais interessante este! Ainda não há muito tempo escrevi um post com fotos dos três Echium endémicos do Arquipélago da Madeira (ver aqui).
Echium salmanticum
Echium lusitanicum
Já agora, uma pequena nota sobre o E. rosulatum. O E. rosulatum subsp. rosulatum é um dos taxa indígenas de Echium mais frequentes em Lu, talvez o mais fácil de observar logo a seguir ao E. plantagineum.
Echium rosulatum subsp. rosulatum
Que género mais interessante este! Ainda não há muito tempo escrevi um post com fotos dos três Echium endémicos do Arquipélago da Madeira (ver aqui).
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segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Scrophularia grandiflora (Scrophulariaceae)
Na sequência de um post do ZG mais duas fotos do endemismo lusitano Scrophularia grandiflora, tiradas na Primavera passada no campus da Escola Superior Agrária de Coimbra.
Sendo uma planta característica arrelvados viários e outras comunidade de plantas nitrófilas e, o que é raro neste grupo ecológico de plantas, tendo uma distribuição muito restrita (centrada no Baixo Mondego), sobra uma pergunta recorrente: onde estava, qual era o habitat da S. grandiflora antes do Homem se apoderar da paisagem, antes da generalização do modo de produção Neolítico?
Sendo uma planta característica arrelvados viários e outras comunidade de plantas nitrófilas e, o que é raro neste grupo ecológico de plantas, tendo uma distribuição muito restrita (centrada no Baixo Mondego), sobra uma pergunta recorrente: onde estava, qual era o habitat da S. grandiflora antes do Homem se apoderar da paisagem, antes da generalização do modo de produção Neolítico?
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sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Sonchus tenerrimus (Compositae) e mais algumas beldades (Lepidoptera)
As férias continuam, avançando a todo o vapor, e também as beldades, animais, vegetais e musicais que aqui trazemos!
Assim, fica hoje aqui a bela composta (ou Asterácea) Sonchus tenerrimus L., Sp. Pl.: 794. 1753, de vasta distribuição afro-eurasiática (http://euromed.luomus.fi/euromed_map.php?taxon=421464&size=medium), e também, actualmente, norte-americana
Sonchus tenerrimus - Wikipedia, the free encyclopedia
Sonchus tenerrimus in Flora of North America @ efloras.org
PLANTS Profile for Sonchus tenerrimus (slender sowthistle) | USDA PLANTS
Como acompanhantes lepidoptéricas, deixamos aqui algumas borboletas de belo recorte, todas elas provenientes da região Centro/Norte de Portugal continental, para os distintos especialistas que têm a amabilidade de nos visitar identificarem, se assim lhes aprouver!
A bela e volumosa borboleta de "quatro olhos", que aparece representada em duas fotos, parece estar provavelmente sobre uma população de Cistus psilosepalus Sweet, uma espécie bastante comum de Cistus no Norte e Centro de Portugal:
Flora Digital de Portugal
(http://www.floraiberica.es/floraiberica/texto/pdfs/03_066_01_Cistus.pdf)
Como pérola musical, deixamos aqui hoje a belíssima "1979", dos saudosos Smashing Pumpkins:
1979 - Smashing Pumpkins Live - YouTube
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Scutellaria minor (Labiatae) e mais algumas beldades (Insecta)
Como o título do post indica, trazemos hoje aqui a belíssima Scutellaria minor Hudson, Fl. Angl.: 232. 1762 (Labiatae ou Lamiaceae), que gosta muito de água,
e ainda mais algumas beldades (Insecta), entre as quais duas borboletas e uma larva bem interessante!
Como vem sendo habitual, recorremos à perícia identificativa dos ilustres frequentadores deste blog!
Como sugestão musical, fica hoje, de Harold Budd e Brian Eno, a excelente "Late October":
Harold Budd/Brian Eno - Late October - YouTube
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domingo, 14 de agosto de 2011
Staehelina dubia (Compositae), Scrophularia grandiflora (Scrophulariaceae) e mais alguns bichos (Insecta)
Voltando às Compostas (ou Asteráceas), aqui fica a belíssima Staehelina dubia L., Sp. Pl.: 840. 1753, um endemismo exclusivo da Região Mediterrânica Ocidental (Greuter, W. (2006-2009): Compositae (pro parte majore). – In: Greuter, W. & Raab-Straube, E. von (ed.): Compositae. Euro+Med Plantbase - the information resource for Euro-Mediterranean plant diversity), que se pode encontrar sobretudo em locais rochosos de natureza calcária.
Deixamos também alguns insectos: um coleóptero lindíssimo, ovóide, de cor verde metálica sobre Mentha suaveolens Ehrh, Beitr. Naturk. 7: 149. 1792 (Labiatae ou Lamiaceae), ao que supomos; uma bela borboleta doméstica e ainda um díptero bem interessante, com uma pinta vermelha lombar, pousado sobre a rara e endémica (exclusiva de Portugal ou da Península Ibérica, conforme as fontes)
Scrophularia grandiflora DC. Cat. Pl. Horti Monsp.: 143. 1813 (Scrophulariaceae)
(Marhold, K. (2011): Scrophulariaceae. – In: Euro+Med Plantbase - the information resource for Euro-Mediterranean plant diversity
The Euro+Med Plantbase Project
ou a Flora iberica vol. XIII: http://www.floraiberica.es/floraiberica/texto/pdfs/13_144_02_Scrophularia.pdf)
Agradecemos, evidentemente, a identificação dos simpáticos insectos aos entomólogos que por aqui passarem!
Como sugestão musical, fica hoje a belíssima "Good Times", dos Chic:
Good Times - Chic (1979) - YouTube
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terça-feira, 9 de agosto de 2011
Jurinea humilis (Asteraceae), Tribulus terrestris (Zygophyllaceae) e mais três bichos (Insecta)
Para confirmar que este blog não foi de férias, vamos aqui deixar mais seis beldades (três vegetais e três animais):
Tribulus terrestris L., Sp. Pl.: 387. 1753 (Zygophyllaceae), uma planta bem distribuída pela vasta Região Mediterrânica
(http://euromed.luomus.fi/euromed_map.php?taxon=329150&size=medium)
(Castroviejo, S. (2009): Zygophyllaceae. – In: Euro+Med Plantbase - the information resource for Euro-Mediterranean plant diversity)
Tribulus terrestris - Wikipedia, the free encyclopedia
Jurinea humilis (Desf.) DC., Prodr. 6: 677. 1838
= Serratula humilis Desf. (Asteraceae ou Compositae),
Uma extraordinária beldade serrana que já aqui aparecera em flor -agora surge na sua forma estival, plenamente frutificada- e um endemismo da Região Mediterrânica ocidental (http://euromed.luomus.fi/euromed_map.php?taxon=407057&size=medium)
(Greuter, W. (2006-2009): Compositae (pro parte majore). – In: Greuter, W. & Raab-Straube, E. von (ed.): Compositae. Euro+Med Plantbase - the information resource for Euro-Mediterranean plant diversity),
e ainda mais três bichos (Insecta), talvez três borboletas -no caso de uma delas (a que surge epífita e epífila sobre uma planta que poderá possivelmente ser a Mentha suaveolens Ehrh., Beitr. Naturk. 7: 149. 1792 (Labiatae ou Lamiaceae)) não podemos assegurar que se trate efectivamente de um Lepidóptero- que ficam para eventual identificação pelos ilustres visitantes deste blog!
Uma das borboletas -a mais rechonchuda- parece-nos que talvez possa ser a seguinte:
Opodiphthera eucalypti (Scott, 1864) (Saturniidae), mas não garantimos, evidentemente!
Opodiphthera eucalypti - Wikipedia, the free encyclopedia
Como sugestão musical, e porque neste blog nos ocupamos de seres vivos, aqui fica a excelente "Lifeline", dos Spandau Ballet:
Spandau Ballet - Lifeline - YouTube
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domingo, 7 de agosto de 2011
Monotropa hypopitys (Ericaceae), Tanacetum mucronulatum (Asteracae) e mais alguns bichos (Insecta)
Como o nome do post indica, trazemos aqui de novo a rara e bela Monotropa hypopitys L. (Ericaceae)
Monotropa hypopitys - Wikipedia, the free encyclopedia,
que encontrámos em Bragança, na Serra de Rebordãos ou Nogueira, assim como o belo e também raro Tanacetum mucronulatum (Hoffmanns. & Link) Heywood in Agron. Lusit. 20: 214. 1958 (Asteracae), proveniente de um local próximo (carvalhal de Holco mollis-Quercetum pyrenaicae, da classe de vegetação florestal Querco-Fagetea) e ainda mais alguns bichos igualmente interessantes (Insecta), que deixamos aqui, na esperança de que venham a ser identificados pelos ilustres especialistas que frequentam este blog!
Convém salientar que o Tanacetum mucronulatum é um endemismo exclusivamente português, de acordo com Greuter, W. (2006-2009): Compositae (pro parte majore). – In: Greuter, W. & Raab-Straube, E. von (ed.): Compositae. Euro+Med Plantbase - the information resource for Euro-Mediterranean plant diversity.
Quanto ao insecto alado verde, pensamos tratar-se provavelmente de um neuróptero, pertencente à ordem Neuroptera Linnaeus, 1758
Neuroptera - Wikipedia, the free encyclopedia
Em relação às duas lindas borboletas, sabemos apenas pertencerem à ordem Lepidoptera Linnaeus, 1758
Lepidoptera - Wikipedia, the free encyclopedia
Como sugestão musical, vamos deixar hoje aqui, apropriadamente, a excelente "She Came Through The Bathroom Window", dos Beatles:
THE BEATLES Remasters! /// 13. She Came Through The Bathroom Window - (STEREO Remastered 2009) - YouTube
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segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Veratrum album
Antes da partida para férias aproveito para recuperar uma espécie que já por aqui passou. Trata-se de Veratrum album, uma espécie que ao que parece, se encontra confinada em território luso à serra da Estrela, apesar da existência de referências para a sua presença nas serras de Arga e do Gerês, não confirmadas nos tempos mais recentes.
Na serra da Estrela encontra-se distribuída por vários núcleos, entre os 1400 e os 1700 metros de altitude, colonizando quase sempre arrelvados húmidos, margens de linhas de água e lagoas e terracetes de escarpas.
O Heléboro-branco pode por vezes, ser confundido, por olhos mais incautos com Gentiana lutea, no entanto uma observação mais atenta, permite distinguir as duas espécies, antes da sua floração estival, o que as torna inconfundíveis.
Assim, o Heléboro-branco apresenta folhas alternas e pubescentes na página inferior e as raízes possuem um odor muito desagradável, por seu lado a Argençana-dos Pastores possui folhas opostas sem pilosidade e raízes quase inodoras.
Veratrum album possui uma pronunciada acção hipotensora e também ansiolítica. Em resultado da sua toxicidade não se recomenda a sua utilização como planta medicinal. Existem relatos de acidentes mortais com a utilização desta espécie. O estado de conservação desta espécie é muito preocupante. Numa próxima entrada falarei sobre a a bela Argençana-dos-Pastores.
Na serra da Estrela encontra-se distribuída por vários núcleos, entre os 1400 e os 1700 metros de altitude, colonizando quase sempre arrelvados húmidos, margens de linhas de água e lagoas e terracetes de escarpas.
O Heléboro-branco pode por vezes, ser confundido, por olhos mais incautos com Gentiana lutea, no entanto uma observação mais atenta, permite distinguir as duas espécies, antes da sua floração estival, o que as torna inconfundíveis.
Assim, o Heléboro-branco apresenta folhas alternas e pubescentes na página inferior e as raízes possuem um odor muito desagradável, por seu lado a Argençana-dos Pastores possui folhas opostas sem pilosidade e raízes quase inodoras.
Veratrum album possui uma pronunciada acção hipotensora e também ansiolítica. Em resultado da sua toxicidade não se recomenda a sua utilização como planta medicinal. Existem relatos de acidentes mortais com a utilização desta espécie. O estado de conservação desta espécie é muito preocupante. Numa próxima entrada falarei sobre a a bela Argençana-dos-Pastores.
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