quarta-feira, 28 de abril de 2010
Hydrangea macrophylla (Hydrangeaceae)
Hoje deixo aqui uma foto da bela Hydrangea macrophylla (Thunb.) Ser. (Hydrangeaceae), nativa do Japão como se pode ver aqui:
Hydrangea macrophylla - Wikipedia, the free encyclopedia
Esta curiosa planta não é espontânea em Portugal continental, onde se costuma encontrar cultivada em jardins. No Arquipélago dos Açores é, porém, bastante comum, sendo habitual encontrá-la bordejando os verdes lameiros tão frequentes nas ilhas.
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Flora do lameiro do Poulão IV: Taraxacum (Asteraceae)
domingo, 25 de abril de 2010
Flora do lameiro do Poulão III: Bellis perennis, Moenchia erecta, Lepidium heterophyllum, Ranunculus peltatus
sexta-feira, 23 de abril de 2010
A surpreendente Davallia do «Monte Buda»
Só me resta a pergunta: como pode ser que não haja Davallia em Monchique? Parece que esta é provavelmente a única população portuguesa a sul do Tejo, a cerca de 130 km de distância da população mais próxima... mas Monchique é uma serra tão particular, tão Sintra; o que haverá de "errado"?
Pormenor de uma colónia de Davallia. Nestas fendas, juntamente com Davallia, cresciam também Dianthus lusitanus (estranha companhia...) e Sedum brevifolium
Frente da parte superior do afloramento, notar as colónias de Davallia dispersas pelas fendas (clique para ampliar)
[Fotos: Ana Júlia Pereira e Miguel Porto]
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Ephedra fragilis (Ephedraceae)
Ainda faltava aqui uma Ephedra, curioso género representado em Portugal por apenas uma espécie, de distribuição algarvia e baixo-alentejana: E. fragilis Desf. (pertencente à família Ephedraceae Dumortier).
As efedras pertencem a uma das seguintes classes: Ephedropsida L.D. Benson ex Reveal, Gnetopsida Eichler ex Kirpotenko ou ainda Pinopsida Burnett.
A classe a que pertencem as efedras (seja ela qual for) inclui-se numa das seguintes divisões: Gnetophyta Bessey ou Pinophyta Cronquist.
As opiniões dos diversos autores variam um pouco em relação à posição taxonómica mais adequada para a família das Efedráceas.
Como exemplos de bibliografia internética para este género podemos citar os seguintes:
Ephedra (genus) - Wikipedia, the free encyclopedia e
http://www.floraiberica.es/floraiberica/texto/pdfs/01_031_01_Ephedra.pdf
(A síntese do género Ephedra na Flora iberica (Vol. I, 1986) é da autoria do ilustre botânico português Professor Amaral Franco)
Uma das fotos representa a planta portuguesa: E. fragilis Desf. Noutra das fotos, de uma planta murícola pertencente a outra espécie de Ephedra L., é possível observarem-se estames, que são característicos das plantas do sexo masculino. Os frutos, que ocorrem nas plantas femininas, são mais ou menos globosos e apresentam por vezes, quando maduros, uma cor avermelhada ou arroxeada.
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Lameiro de Prados
Vista parcial do lameiro
Este lameiro, localizado numa área planáltica do Parque Natural da Serra da Estrela, a 1050 m de altitude, encerra a maior população desta espécie em Portugal. O solo com elevado nível de humidade edáfica, apresenta uma textura média, pH ácido e elevados níveis de matéria orgânica. É um prado meso-higrófilo submetido a fenação entre Julho e Agosto e pouco pastoreado nos meses posteriores.
Uma das primeiras plantas a iniciar o ciclo vegetativo neste lameiro, senão mesmo a primeira, é o Narciso-trombeta (Narcissus pseudonarcissus subsp. nobilis), acompanhado pelos também precoces Ranunculus ficaria e Narcissus bulbocodium. Esta espécie é um endemismo ibérico que no nosso país, segundo os últimos trabalhos de prospecção, se encontra distribuída por 7 populações no Noroeste de Portugal (MI, TM e BA), quase sempre em lameiros de feno húmidos e em solos de reacção ácida.
Esta espécie é um geófito, isto é, possui um bolbo a partir do qual despontam as folhas vegetativas, verde glaucas e oblogo-lineares. Ainda do bolbo, emerge o escapo (caule) oco que na porção superior suporta a espata (bráctea escariosa) que encerra a flor. As flores são solitárias e formadas por um perianto com seis segmentos amarelo-pálidos, algo contorcidos, e a coroa em forma de trombeta amarelo-dourada aloja seis estames dispostos numa única série e o estilete cilíndrico coroado por um estigma trilobado. O fruto é uma cápsula globosa trigonal.
Narcissus pseudonarcissus L. subsp. nobilis
A fenologia desta espécie é a seguinte: de Março a Maio ocorre a floração; de Maio a Junho verifica-se a senescência da parte aérea e início da gema terminal; em Junho dá-se a dispersão das sementes; de Agosto a Outubro inicia-se o desenvolvimento das raízes adventícias; de Outubro a Novembro, começam a despontar as folhas a partir do bolbo; de Novembro a Abril, despontam e tornam-se visíveis as folhas e também de Dezembro a Abril desenvolve-se a placa basal que ao dividir-se dá origem a um novo bolbo.
Uma das principais ameaças que recai sobre esta população é a colheita de bolbos em resultado da sua proximidade à rede viária.
Alguma da informação aqui deixada foi retirada da tese “Contribuição para a Conservação In Situ de Narciso-de-trombeta Narcissus pseudonarcissus L. subsp. nobilis (Haw.) A. Fernandes, em Portugal” de Duarte Moreira da Silva.
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Cnicus benedictus (Asteraceae)
sábado, 17 de abril de 2010
Fossombronia sp. (Fossombroniaceae)
Penso que ainda não havia por aqui quaisquer hepáticas (plantas briofíticas de aspecto algo figadoso), por isso aqui fica uma modesta foto na qual se pode ver uma Fossombronia (da família Fossombroniaceae, ordem Metzgeriales, classe Jungermanniopsida e divisão Marchantiophyta), com o seu aspecto repolhoso de alface e os seus belos esporocarpos globosos negros, e ainda um exemplar de Lunularia cruciata (L.) Dumort. (da família Lunulariaceae, ordem Marchantiales, classe Marchantiopsida e divisão Marchantiophyta), com as suas gemas dispostas numa cavidade de forma semi-lunar.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Flora do lameiro do Poulão II: Narcissus bulbocodium (Amaryllidaceae) e Luzula campestris (Juncaceae)
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Anthoceros punctatus (Anthocerotaceae)
Ainda aqui não tinha aparecido esta amiga: Anthoceros punctatus L. (Anthocerotaceae, uma família que pertence à ordem Anthocerotales, à classe Anthocerotopsida e à divisão Anthocerotophytha, do reino Plantae).
Esta curiosíssima planta parece dar-se bem em sítios perturbados, por exemplo em companhia da pequena Tillaea muscosa L., também conhecida como Crassula tillaea Lester-Garland (Crassulaceae). É possível ainda observar algumas cápsulas lenhosas já abertas de Eucalyptus sp. (Myrtaceae).
Fica aqui uma referência com informação interessante sobre estas plantas:
Hornwort - Wikipedia, the free encyclopedia
terça-feira, 13 de abril de 2010
'A CRIAÇÃO' de EDWARD O. WILSON
Existe uma obra póstuma do ilustre planetólogo Carl Sagan (1934 - 1996): 'the varietes of scientific experience', que reúne um ciclo de conferências compiladas pela sua mulher Ann Druyan, a partir das cassetes então gravadas. É um livro acerca do encantamento e reverência pelo Universo e pela Natureza que decorrem do conhecimento científico. O capítulo final, dedica-o Sagan, a um apelo à união de esforços entre os cientistas e os líderes religiosos para lutar, sem tréguas, contra a perspectiva próxima de uma catastrófica perda de biodiversidade na Terra. O próprio título é uma paráfrase de um famoso tratado de antropologia e filosofia das religiões 'the varieties of religious experiences' de William James (1842 - 1910). A ideia principal de Sagan é que: a diferença cultural entre crentes e humanistas seculares poderia ser ultrapassada, neste particular, a bem de um valor maior de defesa da Vida e catalisada neste propósito a influência que ambas os magistérios têm na Humanidade. Em nome de ser salva a Bioesfera tal como a conhecemos.
É esse mesmo tema que o eminente biólogo, Edward O. Wilson (1929 - ),um dos maiores pensadores científicos do nosso tempo, retoma no seu livro 'A Criação'. Na qualidade de humanista secular e de cientista, dirige-se ao longo do livro, a um pastor evangélico do Sul dos E.U.A, expondo-lhe a maravilhosa diversidade da Vida e a catastrófica ameaça de extinção de um quarto das espécies da Terra, até ao fim do presente século, por via da acelerada e imparável destruição dos seus habitats. Uma imensidão de evidência científica suporta ser a diversidade de seres vivos o resultado do processo de Evolução em alternativa a um acto de um divino demiurgo; mas não é disso que o cientista quer convencer ou debater com o pastor, que acredita na literalidade bíblica da criação ex nihilo.
Apelando à união - neste desígnio - de dois domínios largamente irreconciliáveis por natureza: a Ciência e a religião, como as forças mais influentes na vontade humana, o cientista insta o pastor a juntar-se-lhe e pregar junto dos seus fieis, uma vez mais, o ensejo da salvação. Da salvação da 'Criação'.
Celtis australis (Cannabaceae)
Flores hermafroditas (à esquerda) e masculinas (à direita) de Celtis australis, que aparecem simultaneamente com as folhas (Portugal, Lamego, foz do rio Varosa).
Destacam-se os grandes estigmas sésseis e os estames epitépalos (dispostos sobre as tépalas da flor). [foto TiagoMH]
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Flora do lameiro do Poulão I: Ranunculus hederaceus e R. ficaria (Ranunculaceae)
No início de Julho o lameiro será fenado, i.e. a sua erva será segada, seca ao ar, enfardada e transportada para um palheiro. Finda a vertigem reprodutora, as plantas pratenses descansarão até ao início das chuvas de Outono, estimuladas pelo encurtamento do comprimento do dia e o afundamento da tolha freática do solo.
[fotos CA]
domingo, 11 de abril de 2010
Encephalartos sp. (Zamiaceae)
Como ainda não estava por aqui nenhuma cicadófita, deixo aqui algumas imagens de um belíssimo e raro arbusto sul-africano pertencente ao género Encephalartos Lehm., da família Zamiaceae Horaninow (ordem Cycadales Dumort., classe Cycadopsida Brongn. e divisão Cycadophyta Bessey).
Esta curiosa planta lenhosa e perenifólia é dióica e produz sementes, sendo aparentemente algo semelhante a um feto ou a uma palmeira anã.
Possui evidente interesse ornamental, tal como é norma no vasto grupo das Gimnospérmicas.
O seu crescimento é lento e dá-se bem em climas temperados e subtropicais.
Alguma informação sobre este género pode encontrar-se aqui:
Encephalartos - Wikipedia, the free encyclopedia
sábado, 10 de abril de 2010
Ginkgo biloba (Ginkgoaceae)
Esta bela árvore de jardim, natural da China, muito resistente e longeva (Ginkgo biloba L.) é a única espécie actualmente viva do seu género (Ginkgo L.), da sua família (Ginkgoaceae Engl.), da sua ordem (Ginkgoales Gorozh.), da sua classe (Ginkgoopsida Engl.) e da sua divisão (Ginkgoophyta Bessey), o que a torna particularmente singular.
É comummente cultivada em jardins públicos, encontrando-se actualmente em floração, como se pode verificar observando as fotos.
É possível encontrar muita informação sobre esta árvore por exemplo aqui:
Ginkgo biloba - Wikipedia, the free encyclopedia
ou aqui: Ginkgo - Wikipédia, a enciclopédia livre