sábado, 16 de outubro de 2010

Abies nordmanniana (Pinaceae) e Pinus pinaster (Pinaceae)

Como referi no post anterior (vd. aqui), muitos géneros de pináceas apenas têm macroblastos, i.e. ramos longos de crescimento indeterminado. Um exemplo:
Abies nordmanniana (Pinaceae), um abeto de extraordinário efeito ornamental proveniente do Cáucaso. N.b. que no ramo fotografado se identificam três segmentos, da direita para esquerda, respectivamente, com 3, 2 e 1 anos.

Outros, como o Cedrus representado no post anterior, juntam macro e braquiblastos.

Os Pinus também possuem macroblastos [ramos normais] e braquiblastos [raminhos curtos, aliás muito curtos]. Nos braquiblastos inserem-se fascículos de folhas aciculares [agulhas] verdes, envolvidas, na base, por um número variável de catáfilos [folhas escamiformes, curtas e rijas, com função de protecção].

 Braquiblasto de Pinus pinaster com duas folhas aciculares (como os demais Pinus indígenas de Portugal)

Os braquiblastos, por sua vez, inserem-se na axila de folhas escamiformes sem clorofila (um braquiblasto por folha escamiforme). A queda dos braquiblastos deixa uma pequena cicatriz na superfície dos macroblastos.
A B
 Macroblastos de Pinus pinaster (Pinaceae). N.b. em A braquiblastos inseridos na axila de uma folha escamiforme sem clorofila e em B folhas escamiformes após a queda dos braquiblastos.

A morfologia dos Pinus é fantástica!

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