Os cardais são dominados por asteráceas (= compostas) espinhosas anuais de grande biomassa, que por vezes se comportam como bienais. Alguns exemplos:
Centaurea calcitrapa (Asteraceae) e Carthamus lanatus (Asteraceae)
Onopordum acanthium (Asteraceae)
São também frequentes hemicriptófitos espinhosos [plantas bienais ou perenes que passam a estação desfavorável sob a forma de uma roseta foliar, rentes ao solo], muitas delas também pertencentes à família das asteráceas. Três exemplos fotografados no dito cardal:
Verbascum thapsus (Scrophulariaceae) e Eryngium campestre (Apiaceae)
Dipsacus fullonum (Dipsacaceae)
Dipsacus fullonum (Dipsacaceae)
Num post com quase um ano discuti brevemente a ecologia dos cardais (vd. aqui).
Um supercardal!
ResponderEliminarUma pergunta: as Dipsacáceas não estão actualmente incluídas nas Caprifoliáceas (sensu APG III)?
ResponderEliminarTens razão, ZG, foram absorvidas pelas Caprifoliáceas no APG III.
ResponderEliminarOs sistemas filogenéticos, desde que o princípio da monofilia não seja posto causa, dão mais liberdade aos aos seus utilizadores do que os sistemas evolutivos clássicos. Uma vez que as Dipsacáceas são monofiléticas (vd. Angiosperm Phylogeny Website) a sua integração ou não nas Caprifoliáceas é mais uma questão de gosto, do que outra coisa qualquer. Porém em taxonomia sempre funcionou o argumento da autoridade, entre outras razões, porque é nobre a humildade perante aqueles que sabem muito mais do que nós. Por outro lado, uma vez que que o APGIII está já muito decantado, a sua generalização (universalização) é muito importante para todos partilhemos uma linguagem taxonómica comum, e nos possamos entender.