Solos secos, perturbados (remexidos), com um pouco de azoto, por exemplo proveniente da urina animal, bem expostos ao sol, até 1200-1300 m de altitude são o habitat ideal desta espécie. Os fitossociólogos dizem que o B. tectorum é uma espécie característica da Thero-Brometalia (=Brometalia rubenti-tectori), a ordem de vegetação que reúne as comunidades seminitrófilas de solos secos, frequentes em margens de caminhos, taludes, pousios, terrenos abandonados ou mesmo em clareiras terrosas de matos heliófilos.
As espiguetas pêndulas do B. tectorum são inconfundíveis: não conheço nenhuma espécie que se lhe assemelhe.
O B. tectorum é também a espécie portuguesa de Bromus de floração mais temporã; num ano anormalmente seco como este o ciclo biológico desta gramínea anual já terminou em quase todo o território nacional.
Bromus tectorum (Poaceae) [foto C. Aguiar]
O B. tectorum foi introduzido na América do Norte nos meados do séc. XIX. É considerada uma das plantas invasoras com maior impacto nos ecossistemas naturais dos EUA, especialmente na "Great Bassin" e nas áreas pouco pluviosas vizinhas (e.g. estados do Utah, Nevada, Oregão e Califórnia) onde ocupa, actualmente, cerca de 13 milhões de hectares. Não surpreende, por isso, que os estadounidenses lhe chamem «cheatgrass».
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