O A. longipedicellatum foi descrito pela Prof. Rosette Batarda Fernandes em 1959. Este endemismo lusitano tem uma morfologia tão peculiar, tão evidente, que a sua tardia descrição só pode ser explicar pelo facto de habitar uma região até então pouco visitada pelos botânicos.
O "core" da sua área de distribuição situa-se na parte média da bacia hidrográfica do Rio Vouga, entrando pelo vale do Paiva até ao Douro.
Trata-se de um endemismo acidófilo (de solos derivados de rochas ácidas, sobretudo xistosas), que habita fendas e plataformas terrosas em escarpas rochosas e, ainda, taludes, clareiras abertas pelo fogo e orlas de bosque.
Ilustre Carlos
ResponderEliminarMais uma belíssima aportação botânica!
Uma pequena correcção, apenas: a grande fitotaxonomista Rosette Batarda Fernandes nunca foi professora (pelo menos na Univ. de Coimbra).
Embora esta espécie seja um dos muito raros endemismos lusitanos, parece-me contudo ser morfologicamente muito semelhante ao comum Anarrhinum bellidifolium! Distingue-se, contudo, pela longitude dos seus pedicelos como aliás o seu nome, sabiamente escolhido, indica sem margem para dúvidas - o que se pode observar claramente na excente foto apresentada!!
Um abraço,
zg
Caríssimo ZG, o epíteto professora foi uma forma de me curvar, com deferência, em memória da Drª Rosette. Como sabes, infelizmente, nunca tive oportunidade de a conhecer mas os que privaram com ela sempre referem a sua erudição e proficiência.
ResponderEliminarO A. longipedicellatum é muito semelhante ao A. bellidifolium, é certo. Mas, além do comprimento dos pedicelos, são distintas a cor (roxo intenso) da parte apical e a estrutura da inflorescência, o que dá a estas plantas um "ar" (fisionomia) muito particular.
Obrigado por seres um leitor atento do blogue.
Um grande abraço.
Carlos
Obrigado pelas simpáticas palavras, Carlos!
ResponderEliminarÉ um grande prazer ser um leitor atento deste blog, sempre tão agradável e tão rico em belas fotos e preciosos ensinamentos botânicos!!
zg