quinta-feira, 4 de março de 2010
Chaenorhinum origanifolium (Plantaginaceae)
Fica hoje aqui uma das mais belas Antirríneas da flora de Portugal:
Chaenorhinum origanifolium (L.) Kostel., Ind. Hort. Bot. Prag. 34 (1844)
= Antirrhinum origanifolium L., Sp. Pl. 615 (1753), basiónimo
= Linaria origanifolia (L.) Chaz., Suppl. Dict. Jard. 2: 40 (1790)
= Linaria origanifolia (L.) DC. in Lam. & DC., Fl. Franç. ed. 3 3: 591 (1805), comb. superfl.
Chaenorhinum origanifolium f. genuinum Cout., Fl. Portugal 553 (1913), nom. inval.
Chaenorhinum origanifolium var. genuinum Rouy in Rouy & Foucaud, Fl. France 11: 83 (1909), nom. inval.
Flora Iberica. Plantas vasculares de la Península Ibérica e Islas Baleares
Esta planta encontra-se em comunidades vegetais calcícolas da ordem Potentilletalia caulescentis Braun-Blanq. in Braun-Blanq. & H.Jenny 1926 [Syn. : Asplenietalia rutae-murariae (Braun-Blanq. & H.Meier in H.Meier & Braun-Blanq. 1934) Oberd., Görs, Korneck, W.Lohmeyer, Th.Müll., G.Phil. & P.Seibert 1967 pro syn. nom. inval. (art. 2d, 3a, 29)], pertencente à classe ASPLENIETEA TRICHOMANIS (Braun-Blanq. in H.Meier & Braun-Blanq. 1934) Oberd. 1977, de vegetação vivaz não nitrófila de locais rochosos, como se pode consultar aqui: SYNSYSTÈME DE LA FRANCE
Estas fotos são do Centro-Oeste calcário, no concelho de Porto de Mós.
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Uma particularidade curiosa destas flores personadas é apresentarem a boca um pouco aberta. O cálice e os pedicelos são claramente hirsutos.
ResponderEliminarFoi com espanto que em 2008 fui (e voltei com amigos em 2009)ao PNSAC, nomeadamente à Fórnea - que não conhecia - e nos podemos aperceber da espantosa riqueza botânica de toda essa área.Esta foi uma delas; e para um simples amante! sem qq outras aspirações, ainda hoje possuo umas dezenas das cento e tal espécies fotografadas nessa área que ainda não consegui identificar (na margem de erro que me permito), apesar do pequeno livro do A. Flor/PNSAC de que dispunha.
ResponderEliminarPor isso é com gosto que aqui regresso para ler e ver os espaços botânicos do vosso encanto.
Carlos Silva
Sim, a Fórnea e o PNSAC são, sem dúvida, sítios maravilhosos, de espantosa riqueza botânica!!
ResponderEliminarO PNSAC é um autêntico jardim silvestre, tantas são as espécies espontâneas que lá se encontram. Não sei se há em Portugal qualquer outro local que se lhe compare. Talvez a Arrábida ou o Algarve, locais que conheço muito mal, mas cá para norte não há nada assim. Sem querer fazer publicidade em causa própria, no blogue Dias com Árvores temos mostrado muitas plantas fotografadas no PNSAC, e temos muitas mais à espera de vez. Podem ser vistas aqui (estão todas identificadas).
ResponderEliminarNo Norte há Bragança e as serras vizinhas com as suas rochas básicas e ultrabásicas, que não ficam nada atrás do PNSAC, assim como o Vale do Douro e os seus afluentes (Sabor, por ex.). O PNPG tb tem muitas espécies, assim como o Algarve e a Costa Vicentina, a Serra da Estrela, a Arrábida, a Serra de Sintra (com mais de 1000 espécies - cf. Pinto da Silva & al., 1991, Flora da Serra de Sintra) e ainda diversos outros locais, para já não falar dos Açores e da Madeira...
ResponderEliminarQuando digo que no norte não há «nada assim», quero-me referir não tanto ao número de espécies mas antes à sua concentração num espaço relativamente pequeno. Por isso é que falei de «jardim silvestre». De resto, não me interessa promover uma competição para saber quais os lugares de Portugal com uma flora mais rica (já basta a eleição das sete maravilhas). É bom saber que existem lugares onde ainda se encontra alguma coisa. Permito-me, em qualquer caso, discordar da abundância florística do vale do Douro, pelo menos na parte que corresponde ao Douro vinhateiro (e a jusante, da Régua até ao Porto, é melhor nem falar). Certos afluentes sim - o Tâmega, sem dúvida, também o Tua, certamente o Sabor - mas o vale do Douro em si, por razões sobejamente conhecidas, já não parecer guardar muita coisa. E este «parece» é fundamental: o PNSAC parece um jardim porque a abundância e a diversidade vegetais são notoriamente visíveis, e não estão remetidas a nichos.
ResponderEliminarRecomendo uma visita à Barragem de Bemposta, por ex.- mas há muitos mais locais interessantes na margem ou perto do Douro. Mais duas sugestões: Galafura e S. Salvador do Mundo. Tb vale a pena visitar a Serra de Montemuro, os concelhos de V.N. de Foz Coa e S. João da Pesqueira, assim como muitos outros locais. O Estudo Fitogeográfico da Região Duriense, de Mendonça e Vasconcellos (meados do Séc. XX) descreve grande abundância de espécies, e a Flora da Região Demarcada do Douro, de Crespí & al. (2005) inclui 1273 taxa.
ResponderEliminarOutro interessante jardim silvestre a N do excelente PNSAC é a Serra da Freita/Arada!
ResponderEliminarEntretanto, postei mais uma bela espécie que vive no mesmo local do PNSAC (as cascalheiras calcárias do maravilhoso Cabeço da Fórnea): Inula montana Linnaeus.
ResponderEliminarO blog Dias com Árvores é muito bom, os meus parabéns!
ResponderEliminarA Flora da Região Demarcada do Douro não esconde que, com o uso sistemático de herbicidas, as grandes barragens e as novas formas de exploração das vinhas, houve «uma acentuada fragmentação do coberto natural e diminução da biodiversidade, reduzida em alguns ecossistemas a meros resquícios.» A diversidade botânica que Mendonça e Vasconcellos encontraram no Douro nos anos 40 (mais de 8500 entradas num herbário do Instituto Superior de Agronomia) é hoje uma quimera.
ResponderEliminar...uma quimera? Talvez, quem sabe?
ResponderEliminarEventualmente, no futuro, talvez as quimeras possam regressar...
Chimera (mythology) - Wikipedia, the free encyclopedia