quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Rosmarinus officinalis (Lamiaceae)














Rosmarinus officinalis (Lamiaceae) «alecrim»,
em floração em Dezembro de 2009

Mesmo neste mês tão frio de Dezembro de 2009, as plantas continuam, corajosamente, a florescer!
É o caso deste extraordinário (sub)arbusto chamado Rosmarinus officinalis L. -que possui até uma classe com o seu nome (Ononido-Rosmarinetea Br.-Bl. 1947)- e que, como sabemos bem, em Portugal não é raro, surgindo sobretudo em matos baixos de carácter mediterrânico, frequentemente sobre calcários.
Tournefort é o autor do género Rosmarinus, que Lineu validou (de acordo com o actual Código Internacional de Nomenclatura Botânica).
(A foto é muito recente - foi obtida ontem.)

4 comentários:

  1. Sempre me intrigou a ausência de alecrim na região norte de Lisboa (Bucelas, Arruda dos Vinhos, Vila Franca, Montachique... por aí.). Tão frequente na Serra da Arrábida e na Serra de Montejunto, mas ali, a meio caminho entre as duas, apesar de termos calcário com fartura (e do bom, nalguns sítios, o Narcissus calcicola que o diga! ;-) ), nada de alecrim (que eu tivesse visto até agora); apenas escapado de cultivo (presumo eu) num sítio.
    Qual será o factor ambiental que o está a condicionar? Temperaturas não deve ser, pois ali em Montejunto apanha bastante frio e gelo. Suponho que o segredo esteja no tipo de solo, mas mesmo que assim seja, continuo a achar um pouco misterioso, pois tantas outras plantas são comuns a estes três sítios.

    ResponderEliminar
  2. O alecrim reaparece no leito de cheias do rio Sabor estendendo-se, pontualmente, encosta acima na vizinhança deste rio. As populações nordestinas são acidófilas (sobretudo xistos). Observei algo semelhante na bacia do Tejo Internacional. Outra curiosidade na distribuição espacial do alecrim em Portugal.

    ResponderEliminar
  3. Já agora. O alecrim é muito cultivado na vizinhança dos apiários por ter uma floração muito precoce, uma enorme resistência à secura, ser fácil de propagar por estaca, e por produzir néctar em abundância. Quando as abelhas saem pela primeira vez à rua, enfraquecidas por um Inverno rigoroso, podem banquetear-se com uma "smart drink", ali mesmo à porta de casa. Geralmente, quanto mais antigo o apiário maiores e mais densos os pés de alecrim. Estas plantas por vezes escapam de cultura o que dificulta a interpretação ecológica da distribuição espacial desta espécie.

    ResponderEliminar