terça-feira, 30 de junho de 2009
Poa annua (Poaceae)
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Das grosse Rasenstück (Albrecht Dürer, 1503)
domingo, 28 de junho de 2009
Flores de Castanea sativa «castanheiro» (Fagaceae) I
Flores de videira
quinta-feira, 25 de junho de 2009
A flor das angiospérmicas III
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Rubus brigantinus (Rosaceae)
domingo, 21 de junho de 2009
João Manuel António Paes do Amaral Franco
Nasceu a 25 de Junho de 1921 em Santos-o-Velho, Lisboa tendo representado ao longo da sua vida como botânico uma linha de mais de um século de insignes botânicos do Instituto Superior de Agronomia e da Botânica portuguesa.
Foi professor de Botânica de várias gerações de engenheiros agrónomos e silvicultores tendo sido responsável pelas disciplinas de botânica no Instituto Superior de Agronomia de 1950 até à sua jubilação em 1991. Foi ainda membro de uma grande parte dos júris de doutoramento, e outros, dos botânicos portugueses seniores da actualidade.
O seu curriculum inclui mais de 150 publicações sendo o exemplo do trabalho profícuo de um taxónomo e sistemata. Realizou centenas de descrições, redescrições, aperfeiçoamentos em descrições anteriores, alteração de corologias, traduzindo nos herbários que estudou, particularmente em LISI, a mais significativa das mais valias.
O Professor João Amaral Franco iniciou a sua actividade científica ainda como aluno e prolongou-a pelos últimos 67 anos.
O primeiro período (1940 a 1950) da sua vida científica corresponde à precoce introdução à taxonomia vegetal sobretudo através de estudos de dendrologia de coníferas. Durante este período inicia a sua longa carreira académica como docente ao ser contratado como segundo assistente no Instituto Superior de Agronomia.
Depois de 1950, e até 1960, já como Professor agregado, continua a publicação de diversas notas sobre coníferas datando deste período um consistente alargamento do horizonte taxonómico dos seus interesses e publicações a que não serão alheios os períodos passados em Kew e no Museu de História Natural de Londres. Nesta década publica diversas notas sobre a flora de Portugal algumas de índole biogeográfica, a par da principal linha de investigação em taxonomia vegetal.
A década de 60 fica marcada pela sua colaboração com o projecto Flora Europaea e pelas notas publicadas em colaboração com o A. R. Pinto da Silva bem como com a M. L. Rocha Afonso. Ainda na década de 60 foi nomeado professor extraordinário do 1º grupo de disciplinas do Instituto Superior de Agronomia.
A partir de 1971 João Amaral Franco iniciou (por sugestão do Prof. V. Heywood e do Prof. T.G. Tutin) a publicação da Nova Flora de Portugal, da qual publica o primeiro volume. Ainda na década de 70 inicia a colaboração com a iniciativa Atlas Florae Europaeae e colabora no terceiro e quarto volume da Flora Europaea. Datam deste período as suas principais contribuições na fitogeografia e corologia da flora de Portugal, mantendo assinalável produção científica taxonómica patente nas Notulae Systematicae
Na década de 80 vê o seu curriculum científico e académico reconhecido tendo sido nomeado professor Catedrático do 1º grupo de disciplinas do Instituto Superior de Agronomia. Neste período alarga os seus estudos sobre monocotiledóneas sobretudo gramíneas grupo sobre o qual publica diversos artigos e notas. Publica o segundo volume da Nova Flora de Portugal e a Distribuição de Pteridófitos e Gimnospérmicas em Portugal. Mantém a colaboração como o Atlas Florae Europaeae datando deste período a sua colaboração com a Med-Checklist projecto de que foi Conselheiro Nacional, e no projecto Flora Ibérica do qual é editado o primeiro volume.
Após a sua jubilação 1991, continua a colaborar activamente no herbário e Departamento de Protecção de Plantas e de Fitoecologia do Instituto Superior de Agronomia, bem como nos projectos Flora Ibérica e Atlas Florae Europaeae. Em 1994 publica, em colaboração com M.L. Rocha Afonso o primeiro fascículo do terceiro volume da Nova Flora de Portugal, bem como diversos artigos e notas resultado da preparação do segundo fascículo dedicado às gramíneas.
Nos primeiros anos do novo milénio vê a luz do dia o terceiro (e último) fascículo do terceiro volume Nova Flora de Portugal. Nestes anos João Amaral Franco continuou a manter intensa actividade de revisão de material herborizado no herbário LISI, tendo revisto para nova edição o primeiro Volume da Nova Flora de Portugal.
Foi autor de cerca de 160 novos taxa ou combinações tendo-lhe sido recentemente dedicadas as espécies Teucrium francoi e Festuca francoi.
O seu exemplo e a sua obra na produção de revisões e monografias, na publicação de novidades florísticas ou taxonómicas, reflecte o trabalho de uma vida na taxonomia, a sua Flora foi, e é, uma ferramenta de excelência, primando pelo rigor da linguagem pelas extensas descrições. A Botânica portuguesa deve-lhe muito pois a sua obra exemplar possuio sempre um rumo coerente, contínuo e pertinaz, características exemplares de um curriculum que contribui para o progresso da ciência e da taxonomia vegetal em particular.
Recordo o Professor João Amaral Franco no antigo herbário LISI debruçado sobre algum espécimen enquanto centenas de outros esperavam o momento de serem escrutinados, que esta imagem de labor contínuo e o resultante curriculum nos sirvam de exemplo.
A sua obra perdurará.
Miguel Pinto da Silva Menezes de Sequeira, Funchal, 12 de Maio de 2009.
sábado, 20 de junho de 2009
Odores de fim de Primavera
... e do feno segado a secar ao sol.
À noitinha, quando os sentidos estão mais despertos, no subir e descer das estradas regionais, sente-se a doce fragrância do feno no fundo do vale ou à entrada da aldeia e, na meia encosta ou no planalto, o cheiro desagradável e enjoativo do castanheiro.
Os lameiros têm muitas espécies de plantas, por vezes mais de 30. Certamente, umas têm cheiro, outras não e outras ainda assim-assim. Para descobrir a causa daquele pequeno prazer de Primavera que nos compele a sair de casa ao pôr do sol é necessário herborizar as plantas de lameiro, uma a uma (tendo o cuidado de pisar pouca erva porque, nesta altura do ciclo fenológico das plantas de lameiro, a erva tombada reduz o rendimento em feno).
O "culpado" é este:
Anthoxanthum odoratum «feno-de-cheiro» (Poaceae)
[fotos C. Aguiar]
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Rubus vagabundus (Rosaceae)
O Rubus vagabundus é outra espécie de «silva» relativamente fácil de identificar (vd. este post). Caracteriza- se por possuir turiões pejados de pequenos acúleos muito aguçados e homogéneos, mesclados com glândulas pediculadas (com um pé mais ou menos longo e rígido) amarelas e vermelhas e pêlos geralmente simples. Tem preferência por orlas de bosque mas entra, com alguma facilidade, em margens de caminhos em territórios de baixa hemerobia (influência humana). Importante: endemismo do Norte da Península Ibérica descrito por Gonçalo Sampaio em 1904.