terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Crescimento das coníferas


Chamaecyparis lawsoniana 'Ellwoodii' (foto A. Magalhães)

A maior parte das coníferas apresenta um alongamento monopodial, o que as leva a possuir a típica forma em flecha, muito marcada nos géneros Picea, Abies ou Pseudotsuga. Este tipo de crescimento representa uma vantagem durante o Inverno, impedindo que a neve se acumule em demasia nos ramos, o que poderia levar à sua quebra. Contudo, em zonas áridas este problema já não se coloca e por essa razão temos algumas espécies como o pinheiro-manso, que apresenta uma forma mais próxima do guarda-chuva, uma adaptação convergente com a maioria das acácias africanas. No género Cedrus existe uma solução intermédia, que lhes permite continuar com a forma em flecha mas com uma copa mais ampla típica das árvores com crescimento simpodial. O alongamento monopodial permite um enorme crescimento em altura que parece ser apenas limitado pelas condições adversas locais a que a maioria das coníferas está sujeita. Uma conífera com este tipo de crescimento que habite uma zona de clima ameno pode teoricamente atingir um porte gigantesco. E é isso mesmo que acontece com as sequóias gigantes que vivem nas zonas litorais do Oeste dos Estados Unidos.

3 comentários:

  1. Caro Paulo
    As Coníferas são um grupo fascinante (e estavam pouco representadas neste blog!) - basta pensar que são os maiores seres vivos do Mundo e também os de maior longevidade, sendo o Oeste da América do Norte uma região particularmente rica em Coníferas notáveis!
    Abraço,
    João

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  2. Olá Paulo.
    Gostava de acrescentar um outro aspecto que me parece também importante para a forma das coníferas - a optimização da incidência dos raios solares. Espécies de latitudes maiores ou que surgem em encostas mais declivosas recebem os raios solares mais lateralmente e por isso o serem esguias e altas tornam mais eficiente a captação destes. Em oposição ás árvores de latitudes menores ou de zonas planas onde os raios solares lhes chegam mais verticalmente e portanto é vantajoso terem copas mais amplas e horizontais. Faz sentido?
    Abraço e obrigado pela existência deste blog.
    João

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