Chamaecyparis lawsoniana 'Ellwoodii' (foto A. Magalhães)
A maior parte das coníferas apresenta um alongamento monopodial, o que as leva a possuir a típica forma em flecha, muito marcada nos géneros Picea, Abies ou Pseudotsuga. Este tipo de crescimento representa uma vantagem durante o Inverno, impedindo que a neve se acumule em demasia nos ramos, o que poderia levar à sua quebra. Contudo, em zonas áridas este problema já não se coloca e por essa razão temos algumas espécies como o pinheiro-manso, que apresenta uma forma mais próxima do guarda-chuva, uma adaptação convergente com a maioria das acácias africanas. No género Cedrus existe uma solução intermédia, que lhes permite continuar com a forma em flecha mas com uma copa mais ampla típica das árvores com crescimento simpodial. O alongamento monopodial permite um enorme crescimento em altura que parece ser apenas limitado pelas condições adversas locais a que a maioria das coníferas está sujeita. Uma conífera com este tipo de crescimento que habite uma zona de clima ameno pode teoricamente atingir um porte gigantesco. E é isso mesmo que acontece com as sequóias gigantes que vivem nas zonas litorais do Oeste dos Estados Unidos.
Caro Paulo
ResponderEliminarAs Coníferas são um grupo fascinante (e estavam pouco representadas neste blog!) - basta pensar que são os maiores seres vivos do Mundo e também os de maior longevidade, sendo o Oeste da América do Norte uma região particularmente rica em Coníferas notáveis!
Abraço,
João
Olá Paulo.
ResponderEliminarGostava de acrescentar um outro aspecto que me parece também importante para a forma das coníferas - a optimização da incidência dos raios solares. Espécies de latitudes maiores ou que surgem em encostas mais declivosas recebem os raios solares mais lateralmente e por isso o serem esguias e altas tornam mais eficiente a captação destes. Em oposição ás árvores de latitudes menores ou de zonas planas onde os raios solares lhes chegam mais verticalmente e portanto é vantajoso terem copas mais amplas e horizontais. Faz sentido?
Abraço e obrigado pela existência deste blog.
João
Faz muito sentido.
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