Depois de quatro maravilhosas crucíferas precoces estremadurenses, ficam aqui três criptogâmicas açóricas, da fantástica Ilha Terceira, que também são bem interessantes (as fotos são provenientes de um local aromaticamente sulfuroso):
Lycopodiella cernua (L.) Pichi-Sermolli (=Palhinhaea cernua (Linn.) Franco et Vasc. = Lycopodium cernuum L., basiónimo), um licopódio considerado pantropical (da família Lycopodiaceae, classe Lycopodiopsida), cujos principais nomes vernáculos são "pinheirinho", "musgão" e "musgo do mato";
Polytrichum sp., um belo musgo quase vascular, já referido neste blog (do género Polytrichum Hedw., família Polytrichaceae e classe Polytrichopsida);
e ainda Sphagnum sp., o famoso musgo das turfeiras (do género Sphagnum L., pertencente à família Sphagnaceae e à classe Sphagnopsida).
A Flora of North America recuperou, recentemente, o género Palhinhaea. Parece ser essa a tendência. Portanto, três fotos terceirenses de uma planta dedicada a ilustre botânico terceirense: o Prof. Teles Palhinha.
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ResponderEliminarO "Mabberley's Plant Book", de 2008, considera que Palhinhaea Franco & Vasc. = Lycopodiella Holub. A Flora iberica I (1986) e a Flora Europaea I (ed. 2, 1993) também não aceitam a independência do referido género... No entanto, esperemos que essa tendência venha a triunfar no futuro, até por razões de ordem patriótica!
ResponderEliminarJá agora, podemos dizer ainda que Greuter & Burdet (1984), no vol. I da excelente Med-Checklist (agora já só faltam 2 volumes para estar completa!) preferem adoptar o basiónimo Lineano: Lycopodium cernuum L. (Também se trata de uma opção perfeitamente legítima!).
ResponderEliminarFalando em botânicos terceirenses, ainda conheci um pteridólogo natural da Ilha Terceira, o Dr José Ormonde, que estudava as Aspleniáceas da Macaronésia, entre outras coisas.
ResponderEliminarA Lycopodiella cernua é uma das plantas mais ameaçadas da flora de Portugal continental. O incêndio que devassou a população existente no vale do rio Ferreira deixou poucos exemplares e soube hoje na Câmara de Valongo que houve uma derrocada no local. Enfim, temo o pior...
ResponderEliminarMas continuam a estar lá alguns pés. Fotografeio-os há cerca de 3 meses. Tinham bom aspecto mas são tão poucos que qualquer "azar" dá cabo deles. Estão completamente entregues ao acaso e à mão habitualmente descuidada do Homem. É uma pena.
EliminarMás notícias, realmente.
ResponderEliminarAinda bem que nos Açores não é tão rara.