domingo, 21 de fevereiro de 2010
Lycopodiella cernua (Lycopodiaceae), Polytrichum sp. (Polytrichaceae) e Sphagnum sp. (Sphagnaceae)
Depois de quatro maravilhosas crucíferas precoces estremadurenses, ficam aqui três criptogâmicas açóricas, da fantástica Ilha Terceira, que também são bem interessantes (as fotos são provenientes de um local aromaticamente sulfuroso):
Lycopodiella cernua (L.) Pichi-Sermolli (=Palhinhaea cernua (Linn.) Franco et Vasc. = Lycopodium cernuum L., basiónimo), um licopódio considerado pantropical (da família Lycopodiaceae, classe Lycopodiopsida), cujos principais nomes vernáculos são "pinheirinho", "musgão" e "musgo do mato";
Polytrichum sp., um belo musgo quase vascular, já referido neste blog (do género Polytrichum Hedw., família Polytrichaceae e classe Polytrichopsida);
e ainda Sphagnum sp., o famoso musgo das turfeiras (do género Sphagnum L., pertencente à família Sphagnaceae e à classe Sphagnopsida).
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A Flora of North America recuperou, recentemente, o género Palhinhaea. Parece ser essa a tendência. Portanto, três fotos terceirenses de uma planta dedicada a ilustre botânico terceirense: o Prof. Teles Palhinha.
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ResponderEliminarO "Mabberley's Plant Book", de 2008, considera que Palhinhaea Franco & Vasc. = Lycopodiella Holub. A Flora iberica I (1986) e a Flora Europaea I (ed. 2, 1993) também não aceitam a independência do referido género... No entanto, esperemos que essa tendência venha a triunfar no futuro, até por razões de ordem patriótica!
ResponderEliminarJá agora, podemos dizer ainda que Greuter & Burdet (1984), no vol. I da excelente Med-Checklist (agora já só faltam 2 volumes para estar completa!) preferem adoptar o basiónimo Lineano: Lycopodium cernuum L. (Também se trata de uma opção perfeitamente legítima!).
ResponderEliminarFalando em botânicos terceirenses, ainda conheci um pteridólogo natural da Ilha Terceira, o Dr José Ormonde, que estudava as Aspleniáceas da Macaronésia, entre outras coisas.
ResponderEliminarA Lycopodiella cernua é uma das plantas mais ameaçadas da flora de Portugal continental. O incêndio que devassou a população existente no vale do rio Ferreira deixou poucos exemplares e soube hoje na Câmara de Valongo que houve uma derrocada no local. Enfim, temo o pior...
ResponderEliminarMas continuam a estar lá alguns pés. Fotografeio-os há cerca de 3 meses. Tinham bom aspecto mas são tão poucos que qualquer "azar" dá cabo deles. Estão completamente entregues ao acaso e à mão habitualmente descuidada do Homem. É uma pena.
EliminarMás notícias, realmente.
ResponderEliminarAinda bem que nos Açores não é tão rara.